Dissecado o disco, em tempos, é hora de espreitar o DVD. Melhor, é hora de espreitar o papel do projecto Mão Morta na história do rock nacional. “Maldoror” é um excelente motivo para isso, pois é bem a imagem do ser Mão Morta. Já conhecíamos a música, as palavras, o DVD permite-nos também tomar contacto com toda a riqueza visual do espectáculo. Porque são efectivamente um projecto único, marcante, deixo-vos em meia dúzia de conceitos – entradas retiradas do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o porquê de serem os Mão Morta uma das bandas mais importantes da história da moderna música portuguesa.
Podiam ser mais, podiam ser outras. Deixo-vos aqui as minhas seis:
Preserverança
s. f.
1. Qualidade ou acção de quem persevera.
2. Constância, firmeza, pertinácia.
3. Duração aturada de alguma coisa. (1)
Coerência
s. f.
1. Fís. Recíproca aderência que têm entre si todas as partes de um corpo.
2. Fig. Conformidade entre factos ou ideias.
3. Nexo, conexão. (2)
Arrojo
s. m.
1. Acto de arrojar.
2. Atrevimento, ousadia; coragem. (3)
Criatividade
s. f.
1. Filol. Função da inteligência humana que torna o homem superior ao que ele mesmo cria.
2. Personalidade criadora insuperável própria do homem. (4)
Singularidade
s. f.
1. Qualidade do que é singular, único, só.
2. O que é peculiar a um só indivíduo e não aos outros.
3. Particularidade.
4. Modo extraordinário de proceder ou de pensar.
5. Excentricidade.
6. Coisa, acção ou palavra singular. (5)
Empenho
s. m.
1. Acto de empenhar.
2. Promessa, compromisso.
3. Obrigação contraída; interesse, solicitude; mediação, protecção; protector; porfia; ardor. (6)
A encenação foi de António Durães, a cenografia de Pedro Tudela, os figurinos de Cláudia Ribeiro e a videografia ficou a cargo de Nuno Tudela.
Obrigatório, obviamente…
“Maldoror” – Mão Morta (Cobra Discos, 2008)