Em síntese, fica provado que “BLSFM” (Edição de Autor, 2008) não aconteceu por acaso. Não que o EP de estreia dos Blasfemea fosse pautado por um extraordinário brilhantismo, mas porque deixou no ar algumas boas ideias capazes de catapultar o quarteto formado por Tiago Amaro (voz, guitarra e teclas), Fábio Jevelim (voz e guitarra), David Pessoa (baixo) e Rui Lourenço (bateria) para a ribalta. Uma ano depois, chegava-nos o álbum de estreia, “Galaxia Tropicalia”.
E catapultou. É assinalável a consistência que percorre todo o disco. De um equilíbrio revelador, capaz de conferir uma estética muito própria aos Blasfemea, “Galaxia Tropicalia” é vibrante e moderno. Sem ser particularmente original, sobressai uma forte coerência centrada num cruzamento sonoro electro pop-rock.
Se a ideia era construir um disco pop de energia punk, então o objectivo foi claramente atingido. “Galaxia Tropicalia” merece ser absorvido, desprendidamente; livremente. De um “psicadelismo escandalosamente tropical“, nas palavras dos próprios, o som dos Blasfemea merece ser desfrutado.
“Galaxia Tropicalia” – Blasfemea (Edição de Autor, 2009)
01 Maria
02 Kami
03 Kaede
04 Eva
05 Catherine
06 Linda
07 Ida
08 Victoria
09 Diana
10 Linday