Homem de vários alter-egos, entre eles Precyz e Preto, João Roquette é também o cérebro de MC Jihad; mais um produto a sair da fábrica de sons da portuense Meifumado. Dizem que “promove uma análise despreocupada da dialéctica terrorismo-anti-terrorismo. Os dois lados da questão são atacados sem misericórdia por acordos lunáticos, beats traumáticos, e letras inspiradas em pleno clima de guerra” (1). É o que dizem, mas o que se ouve, é um manifesto sonoro de MC Jihad e amigos – PZ Pimenta, Kalaf, Beatrice Brown, Nanu, Zé Nando Pimenta entre outros, construído com base numa sonoridade alternativa pacificamente bombardeada por beats movediços e minada pela expressividade da palavra. Longe do abstraccionismo de registos anteriores, sobressai algo de esquizóide no trabalho de composição, nos arranjos, quase sempre pintalgado por uma diversificação estética quase incatalogável. E isso é bom.
Uma boa experiência; mas sem belicismos.
Uma boa experiência; mas sem belicismos.
“MC Jihad” – MC Jihad (Meifumado, 2009)
01 Intro Pó Atómico
02 Criolo
03 Horrors
04 Interlúdio Colossal
05 O Alfaiate
06 Blue Helmet
07 Where Are You Going?
08 Interlúdio Brutal
09 Shut Up And Dance
10 The Litlle People That I Know
11 Reseaux Kabile
12 Conclusão Nenhuma
www.meifumado.org
www.myspace.com/meifumadofonogramas