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Ler Parte I

Sendo possível identificá-las, de uma forma clara, que principais mensagens pretendem transmitir com o novo disco?
De certa maneira a resposta à vossa primeira questão já elucida um pouco esta pergunta, mas se formos por partes, ou antes por canções, posso dar um exemplo com o “Modern world” (um dos temas deste disco). Que reflecte acerca da ideia de que apesar de termos evoluído tanto tecnologicamente, principalmente nos últimos 100 anos, o mesmo não acontece aos níveis de consciência colectiva, ou seja, de há 2000 anos para cá se pensarmos bem, subimos muito pouco (ou quase nada) nos níveis de consciencialização colectiva. Ainda fazemos guerras uns com os outros, ainda precisamos de governos para nos gerirmos colectivamente, ainda vendemos espectáculos de tortura (como a tourada) e achamos que está tudo bem, ainda há fome em números desumanamente sequer aceitáveis, etc. Por outro lado, também diz que lá chegaremos, porque não somos perfeitos.

As Anarchicks e as Patrícias SA têm também uma presença vocal no disco. Em que contexto é que surgiram essas participações?
Curiosamente ambas (Anarchicks e Patrícias SA) participam no mesmo tema “Give peace a dance”. As Patrícias, que já conhecíamos há bastante tempo, haviam gravado umas vozes para dois temas nossos, este e outro que ficou na gaveta. E fizeram isto ao primeiro take. Grandes cantoras. Quanto às Anarchicks, a história é bem diferente, pois fizemos tudo sem nos conhecermos pessoalmente (o que só aconteceu aquando da nossa apresentação deste disco em Lisboa). Precisávamos de umas vozes femininas para uma parte especifica da canção, e quando as vi por feliz acaso num programa televisivo achei que eram ideais, a banda concordou, endereçámos o convite, elas aceitaram, enviámos os files da canção, elas gravaram num estúdio amigo e enviaram-nos o resultado do qual gostamos muito e assim foi.

Pedro Martins na bateria e Miguel Barros no baixo são agora também parte dos Plaza. Que trazem ou trouxeram estes elementos de novo aos Plaza?
O Pedro Martins e O Miguel Barros foram uma lotaria, pois são os dois amigos de longa data, músicos de grande talento, que já tocam juntos há imenso tempo e entranharam-se na banda de uma maneira perfeitamente natural. São a secção rítmica ideal e vieram para ficar!

Os concertos de apresentação ocorreram em Fevereiro passado em Lisboa e Vila do Conde. Como correram esses espectáculos?
Correram muito bem, pois tivemos casas cheias e fomos muito bem recebidos. Foi um regresso (ao vivo) muito intenso para todos e o saldo foi muito positivo. (Continua…) [OUVIR]

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.

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