A nova canção junta Aldina Duarte, Ana Bacalhau, Cuca Roseta, Gisela João, Manuela Azevedo, Marta Hugon, Rita Redshoes e Selma Uamusse.
Oito cantoras portuguesas juntaram-se para dar voz à APAV, numa canção-hino pelas vítimas de violência doméstica. A canção original “Cansada” tem letra e música de Rodrigo Guedes de Carvalho, com arranjos e produção musical de Filipe Melo, e reúne oito grandes vozes de Portugal: Aldina Duarte, Ana Bacalhau, Cuca Roseta, Gisela João, Manuela Azevedo, Marta Hugon, Rita Redshoes e Selma Uamusse.
Esta canção não só funciona como um hino para a APAV, como cumpre a função importantíssima de despertar consciências para o problema da violência doméstica, transmitindo a mensagem que é importante dizer não: “Não aceito, digo não. Nem que o meu grito seja só uma canção.”
A música é interpretada pela Orquestra Sinfonietta de Lisboa, dirigida pelo maestro Vasco Pearce de Azevedo. Conta ainda com Filipe Melo no piano, Nelson Cascais no contrabaixo, Alexandre Frazão na bateria e Ana Castanhito na harpa. Som e imagem gravados nos Estúdios Atlântico Blue. O videoclip tem assinatura do realizador Tiago Guedes.
Esta canção surge num ano especial para a APAV, uma vez que neste 2015 celebramos os nossos 25 Anos de atividade. Têm sido 25 anos a apoiar todos aqueles que são vítimas de crimes, vítimas de todos os crimes. Têm sido 25 anos a dar voz ao silêncio. Também com esta canção queremos dar voz ao silêncio.
Agradecemos a todas e a todos que colaboraram na realização deste projecto: Rodrigo Guedes de Carvalho, Aldina Duarte, Ana Bacalhau, Cuca Roseta, Gisela João, Manuela Azevedo, Marta Hugon, Rita Redshoes, Selma Uamusse, Orquestra Sinfonietta de Lisboa, Maestro Vasco Pearce de Azevedo, Filipe Melo, Nelson Cascais, Alexandre Frazão, Ana Castanhito, Rui Guerreiro, José Maria Sobral, Fernando Dallot, Helena Figueiredo, Alexandre Ferrada, Tiago Guedes, Take It Easy e Atlântico Blue Studios.
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Cansada
Letra e música Rodrigo Guedes de Carvalho
Estou cansada – ainda agora chorei tanto
Outra noite – o terror andou à solta
Vai e volta e promete que não volta
Vai e volta e promete que não volta
Estou cansada – chorei tanto outra vez
Outra vez a pensar que hoje talvez
Haja paz – que o terror só vai não volta
Que a tua mão não se fecha contra mim
Estou cansada – não há fim nesta demência
Ou ciência que preveja que me mates
E quem bate depois chora e promete
Que não mais a mão se levanta fechada
Estou cansada – acho que não quero nada
Que não seja uma noite descansada
Sem ter medo ou chorar na almofada
Sem pensar no amor como uma espada
Tão cansada de remar contra a maré
O amor não é andar a pé na noite escura
Sempre segura que a tortura me espera
Insegura tão desfeita humilhada
Tão cansada de não dar luta à matança
À dança negra que me dizes que é amor
Que não concebes a tua vida sem mim
E que isto assim é normal numa paixão
E eu cansada nem sequer digo que não
Já não consigo que uma palavra te trave
Não tenho nada que não seja só pavor
Talvez o amor me espere noutra estrada
Mas tão cansada não consigo procurá-la
Já tão sem força de tentar não ser escrava
Já sei que hoje fico suspensa outra vez
Outra vez a pensar que hoje talvez…
aqui fica a força de tentar.:-)