E pronto, é assim:
“Os Luce, são uma banda que procura extrair o máximo possível dos seus ambientes circundantes. O estilo musical não é certo e varia entre o rock, blues e a consistência do power trio, que os leva a pisar os caminhos do garage. (…) Sem rodeios, basicamente fazemos aquilo que nos vai na alma, porque não existe nada melhor que desabafar, soltar energias exteriorizando sentimentos. Pintar sentimentos com golpes ou “riff’s” e descrever o nosso estado de espírito com melodias, filmes.” (1)
Com base no Porto, os Luce são essencialmente isto tudo. Tudo isto e o quanto uma maqueta de apenas quatro temas nos pode já dizer sobre a essência de uma ideia. Esta, não sendo porventura a final, é uma ideia que desperta a atenção, que cativa, tal a energia intrínseca que se vai libertando ao longo das quatro faixas. É a ideia do projecto de Bruno Santos (bateria), Gil Amaral (voz e guitarra) e o convidado Nuno Silva (baixo e voz) – Marco Oliveira é o responsável pelos teclados na maqueta. Descomprometidos, os Luce lançam-se com paixão sobre o rock, meio blues, meio garage, sempre sujo, mas essencialmente sentido, em português. E bem; os sentimentos andam à solta e percebem-se. Sentem-se, não fossem eles bem amparados pelo riffs disparados da guitarra ou pelos ataques martelados de uma bateria inquieta. Sempre com aquela cadência de um baixo marcado.
São apenas quatro e merecem já uma audição atenta. Há esperança. Está tudo no MySpace do powertrio portuense.
“Luce’s Um Número” – Luce (Edição de Autor, 2009)
01 Círculo desejado
02 Quando o vício encontra a sedução
03 Um número
04 Rosália