Já está.
Não será novidade para muita gente mas ela aí está, desde 22 de Junho, a revista BLITZ. Confesso que posto um pézinho em solo lusitano, foi a primeiríssima coisa que procurei nas bancas – azar, no aeroporto não havia, fiquei assustado, confesso, outra vez. Mas não, ela existia…
No que toca ao aspecto gráfico – lettering geral, páginas e capa – encontrei uma revista moderna e atraente como era suposto – gostei.
Em termos de organização, e tendo um alinhamento claro olhando apenas para o índice, confesso que numa primeira leitura me senti algo perdido logo na secção ‘frente’ – destinada a curtas peças, sub-secções (‘quase famosos’, ‘fora do baralho’ ou ‘RSF’) ou notícias; no meio desta, assim como de outras secções principais, vão aprecendo pequenas entradas que se repetem em várias páginas (‘singles’, ‘REC’ e ‘passatempo’). Numa segunda leitura a coisa correu bem melhor…espaço ainda para a secção de entrevistas, ‘P&R’, para um saudável olhar para o passado, ‘Retrovisor, para as áreas de ‘Opinião’ e ainda para outros temas de fundo, em ‘Features’. Refira-se ainda uma extensa lista de crítica de discos e uma curtíssima área de opinião sobre concertos. Não percebi muito bem o selo “BLITZ APROVA’ especificamente aos discos de Bruce Springsteen, Red Hot Chili Peppers e principalmente de Pearl Jam, que teve 3 estrelas em 5 na avaliação – ou não quero perceber, sei lá…
Quanto ao conteúdo, este primeiro número da BLITZ parece ser um revista com algum equilibrío entre artigos de leitura rápida e artigos de fundo, com especial peso, como será normal numa revista, para estes últimos – muito bons artigos já neste primeiro número. Naturalmente mais profunda nos artigos e um pouco mais generalista em termos de abrangência, com uma abordagem relacional com outras temáticas (nesta, o futebol é rei), a BLITZ mantém-se ainda assim com uma orientação estética algo semelhante à do jornal. No meio disto, suponho que alguma da ‘linha de investigação’, sobre temas da música portuguesa, testada positivamente com os últimos números do jornal, seja retomada com esta BLITZ.
Quanto à lusofonia, destaque para Gimba na sub-secção ‘RSF’, para os The Poppers na ‘quase famosos’, para a entrevista aos GNR, para Vilar de Mouros no ‘retrovisor’, para Teresa Salgueiro na excelente rubrica ‘Portugal XXI – Imagens de Sons Portugueses’, sempre com fotografias de Rita Carmo e para o artigo com Boss AC, Sistema (Mundo Secreto) e Maf (Guardiões do Subsolo) em ‘Features’.
Resumindo e concluindo, muito genericamente e para já, gostei; fiquemos à espera de novos desenvolvimentos. Uma última referência para o excelente e remodelado site.

www.blitz.pt

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.