Em 2008, sobre o EP “Memoirs” (Edição de Autor, 2008), falava aqui na inexistência de uma urgência nas palavras; falava de um disco impressivo; falava de uma expressividade que ressaltava de toda a vibração sonora dos Catacombe. É um fundo de verdade que se mantém.
O tempo passou e Pedro Sobast (guitarra), o mentor do projecto, manteve sem percalços a sua trajectória. Com firmeza, assimilou argumentos, muniu-se de uma equipa capaz (Sérgio Soares – baixo; Eduardo Costa – guitarra; Paulo Kwane – bateria; Cristiano Moreira – teclados) e ofereceu-nos-nos um disco assaz interessante. Não que seja particularmente original, porque não o é, mas porque consegue a todo o instante manter-nos despertos. Na verdade, nada nos surge profundamente diferente, apenas nos parece muito mais consistente, mais coerente ainda. Editado pela editora russa Slow Burn Records, “Kinetic viaja livremente por um caminho já trilhado. É uma via que liga umbilicalmente o rock ao metal, centrando-se claramente numa postura post-rock. Não há dúvida que persista. Falamos de um disco com uma forte carga emocional, pressionado por um rock instrumental feito de paisagens habitualmente contraditórias. São estados de espírito a várias velocidades, alimentados quase sempre por guitarras dominadoras. É este o universo de Catacombe.
Um disco de dinâmicas que surpreendem.
“Kinetic” – Catacombe (Slow Burn Records, 2010)
01 Grundsatz
02 Supernova
03 Anna-Liisa
04 Memoirs (extended)
05 Cavalgada Epica
06 Mockba
07 Sequoia
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