Claro e expressivo com uma cartão de visita.
“First Falls” marca o assumir de uma posição em nome próprio. Não que fosse necessário algo do género para aquilatar o seu brilhantismo, nada disso, a sua experiência como músico e/ou arranjador de nomes como Amélia Muge, José Mário Branco, Fausto, Mafalda Veiga, Sérgio Godinho, Janita Salomé, Vitorino, Adriana Queiroz, João Afonso e Tora Tora Big Band, entre outros, falam inequivocamente por si. Ainda assim, há sempre aquele momento em que é necessário chegar e dizer: isto sou eu. No caso de Filipe Raposo, esse momento responde por “First Falls”.
Nascido em Lisboa, licenciado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa e em Piano pelo Conservatório de Música de Lisboa, Filipe Raposo fez de “First falls”, o seu álbum de estreia, a síntese de uma experiência acumulada e a expressão de uma capacidade de evolução sem fim à vista. Com inquestionável mestria, “First Falls” vai-se desenrolando como um pacífico combate entre uma música de matriz tradicional e uma outra de matriz erudita contemporânea. Pelo meio, a música improvisada serve de elo entre a tradição e a contemporaneidade, ambas centrais no processo criativo de Filipe Raposo.
Em duo ou em trio, Filipe Raposo contou ainda com as participações especiais de Carlos Bica e Yuri Daniel no contrabaixo e Carlos Miguel e Vicky Marques na bateria. Só para enfatizar, mais ainda, a importância de conhecer a obra de Filipe Raposo. “First Falls” é o tal cartão de visita; excelente.
Filipe Raposo – “First Falls” (Orfeu, 2011) | CONTEMPORÂNEA | IMPROVISADA | Ouvir Filipe Raposo
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