É obrigatório fixar este nome: Horselaughter.
Fixar o nome, o disco, “I Was a Ghost, Then”, e fixar o nome do seu mentor: Filipe Ferreira (Oddawn). Fixar e absorver o seu surpreendente álbum de estreia; por ser o primeiro; por ser especialmente interessante. Gravado em Paredes da Beira, no Alto Douro, na rural terra dos seus avós, “I Was a Ghost, Then” bebe em parte esse ambiente rústico, tristonho, feito de dias fantasma e algumas noites negras, assustadoras. É o ambiente certo para recriar personagens como Waits, Drake ou Linkous, o desaparecido líder dos Sparklehorse, ao qual Filipe Ferreira dedica o seu disco. São ambientes de uma profundidade emocional garantida pelo uso equilibradíssimo da guitarra, do piano e do violoncelo; belíssimo. Músicas cantadas por uma voz sussurada, arrastada, à qual se vão sobrepondo pequenos samples próprios do tempo e do espaço onde se desenrola a acção do disco. São 14 as canções de “I Was a Ghost, Then”; momentos de algum medo, alguma dúvida, alguma solidão, canções que se insinuam pela incerteza do presente e pelas memórias do passado; com alguns sonhos pelo meio.
Uma pequena e melancólica beleza feita de pedaços pop, folk, rock e blues, pedaços de uma beleza a fixar.
“I Was a Ghost, Then” – Horselaughter (Edição de Autor, 2011)
01 Horse Tears
02 Scratch
03 Wooden Heart
04 Bates Ranch
05 Ballad of Silver & Rubt Part I
06 Radio Trails
07 A Night Out
08 Ghost Dog
09 Underground
10 Raspberries and Tweed
11 Widows by the Window
12 Ballad of Silver & Rubt Part II
13 Twilight
14 Gin Soaked Lullaby
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