Chama-se “This Is Los Waves So What” e é o novíssimo disco dos Los Waves. Eles aqui estão, num flash:
Editaram há pouco dias o vosso novo disco, “This Is Los Waves So What”. Numa ou duas frases, como o caracterizariam?
Este disco é o conjunto de uma série de influências e géneros. Tem músicas muito diferentes entre si que apanham épocas diferentes das nossas vidas mas talvez não seja uma viagem cronológica como pode parecer. Provavelmente em qualquer momento das nossas vidas o resultado de um trabalho de 11 faixas iria ter sempre este nível de polivalência, não conseguimos mesmo segurar-nos a um género e isso tem-nos prejudicado um pouco, a industria ainda funciona muito por nichos de mercado. Tem registos mais electrónicos , outros de maior exploração a nível de som, à qual acabaram por chamar de psicadelismo, e apontamentos mais nitidamente rock. A unica coisa que tentámos que fosse transversal foi a preocupação em fazer canções, mais do que faixas sonoras. Sem especular se isso é bom ou não , acabamos por ter 11 faixas das quais 8 ou 9 poderiam facilmente ser singles , isso foi resultado dessa preocupação, sempre vimos esta banda como um projecto, mais do que como um grupo de pessoas que se junta para beber umas cervejas e fazer umas jams.
Que tipo de expectativas tens em relação a este disco? Que tipo de sensações esperam que as pessoas retirem da sua audição?
Como primeiro disco não sabemos mesmo o que esperar, a nossa postura é ambiciosa, talvez demasiado para o mercado em que estamos , no qual a música indie não tem uma fatia assim tão grande do bolo. Não estamos preocupados com o sucesso do disco em si , enquanto produto, hoje em dia é muito difícil estar num nível que justificasse essa preocupação. O disco acaba por ser uma ferramenta de divulgação da banda e dos concertos ao vivo, mais do que de si mesmo. Como temos musicas muito diferentes, umas mais rock outras mais introspectivas , outras mais emocionais , talvez o ideal para nós fosse que o publico sentisse tudo isso dependendo da faixa. É estranho o disco , é descontraído e ao mesmo tempo bastante emocional e sério em alguns temas (lá está a conversa da especialização num nicho), para nós fica mais completo assim mas talvez seja mais difícil de digerir para o público. Ficamos contentes se as pessoas sentirem que tem, mais que tudo , boas canções.
Dias 5 e 6 de Dezembro há concertos em Vila Real (Club de Vila Real) e Bragança (Vitória Pub). O que podem esperar as pessoas que vos forem ver ao vivo?
Podemos prometer que vamos dar tudo para nos divertirmos em palco o que felizmente tem acontecido de forma natural nos últimos tempos, vamos ter alguma versões novas, por exemplo da golden maps , mais adaptadas a um live act e mais dançáveis. E vamos ter um baterista, que começou agora a tocar connosco nos concertos de apresentação do novo disco, e podemos dizer que ele gosta muito de berrar em palco! [OUVIR]