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Com mais algumas datas marcadas para a tour “Pés que sonham ser cabeças” (Sony Music, 2013), os Mesa responderam a uma flash interview d’a trompa:

“Pés que Sonham ser Cabeças” é o título do vosso mais recente disco. Porque sonham estes pés ser cabeças?
A cada álbum tento que existam novas sonoridades. Penso que a evolução dos MESA prende-se com o facto de nunca estar satisfeito e querer ir mais além e querer agradar sobretudo a mim. Se o fizer estarei a dar algo de realmente verdadeiro às pessoas, mesmo que não seja isso elas estivessem à espera naquele momento. É um disco onde estendemos os arranjos que vão da música clássica ao Jazz, ao Rock e à electrónica. Em “Noite de Bruxas temos 15 músicos ao mesmo tempo a gravar. Foi um risco e um desafio dirigir aqueles músicos geniais. Não é tão radiofónico como os outros, mas é um disco para quem gosta de música, como se fazia nos anos 60 e 70, ou seja, sem preocupações em encaixar uma ideia em 3 minutos com um refrão aos 30 segundos. As canções dos MESA são como livros, no sentido em que é necessário entrar na história.

Dia 3 de Maio, os Mesa voltam ao palco com a Tour “Pés que Sonham ser Cabeças” (Centro Multimeios – Espinho). Em termos gerais, como tem sido aceitação ao vivo do vosso último disco?
Tem sido melhor que o esperado. As salas têm estado cheias e é bom ver as pessoas a cantarem os temas antigos e também já os novos, como o “Sinto”. A Rita tem uma personalidade cativante e isso reflete-se nos espectáculos. Não existem duas noites iguais. Há sempre um lado expontâneo da parte dela e que torna os concertos únicos, mesmo que o alinhamento seja o mesmo.

Para além deste concerto, têm também espetáculos marcados para Paredes,Oeiras, Monção, etc. O que podem esperar as pessoas que vos forem ver ao vivo?
Vamos passar a carreira dos MESA em retrospectiva. Passamos todos os álbuns em revista. Poderão ouvir temas como, Cedo o meu lugar, Vício de Ti, Luz Vaga, Quando as Palavras, Mímica Sísmica, Fumo da Frase, entre outros. São quase 20 temas que espelham 10 anos de vida discográfica. Iremos também tocar Wuthering Heights da Kate Bush, a versão que gravámos para a RFM. [OUVIR]

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.