Polaroids. Poderia resumir nesta palavra só, a estreia do projecto O Maquinista. Poderia se tivesse mesmo de o fazer. Não tendo, polaroids acaba por ser uma explicação truncada, absolutamente insuficiente. Insuficiente por que não são tão instantâneas as imagens que João Branco Kyron, vocalista e letrista dos lisboetas Hipnótica, coleccionou para este seu disco de estreia. Exige serenidade; reflexão.
Profundidade. Intensidade.
“O Maquinista” é um disco misterioso. “O Maquinista” apela aos sentidos; como se fechássemos os olhos e nos víssemos a voar sobre uma cidade já cansada e caída no confuso lusco-fusco. Em busca de respostas. Algures entre a vigília e o sono, num estado dormente de consciência. São respostas que nenhum polaroid nos pode dar, instantaneamente. Um mistério fortemente adensado pelos cuidados ambientes inventados pela música de João Branco Kyron – com Sergue (contrabaixo) e Eduardo Raon (harpa) como convidados. A importância da paisagem.
Depois, a poesia. É ela que tudo tenta explicar, que tenta manter alguma ligação entre o sonho e a realidade. A ligação dramatizada pelos ambientes criados. E tenta explicar de uma forma tão próxima como só o spoken word sussurrardo consegue fazer. Gera proximidade; sente-se. Ao mesmo tempo, é com essas mesmas palavras que as personagens deste filme enchem as cenas de polaroids tão pouco instantâneos como enigmáticos. Continuamos no limbo , até ao fim. Desmaterializados na névoa da madrugada, como o autor o refere em “Trilogia de Lisboa: II. Da Desolação”. Uma desmaterialização delirante, em busca da essência de algumas coisas.
Misteriosamente. Velozmente.
Um disco de sombras a necessitar de ser explorado, ao limite.
Profundidade. Intensidade.
“O Maquinista” é um disco misterioso. “O Maquinista” apela aos sentidos; como se fechássemos os olhos e nos víssemos a voar sobre uma cidade já cansada e caída no confuso lusco-fusco. Em busca de respostas. Algures entre a vigília e o sono, num estado dormente de consciência. São respostas que nenhum polaroid nos pode dar, instantaneamente. Um mistério fortemente adensado pelos cuidados ambientes inventados pela música de João Branco Kyron – com Sergue (contrabaixo) e Eduardo Raon (harpa) como convidados. A importância da paisagem.
Depois, a poesia. É ela que tudo tenta explicar, que tenta manter alguma ligação entre o sonho e a realidade. A ligação dramatizada pelos ambientes criados. E tenta explicar de uma forma tão próxima como só o spoken word sussurrardo consegue fazer. Gera proximidade; sente-se. Ao mesmo tempo, é com essas mesmas palavras que as personagens deste filme enchem as cenas de polaroids tão pouco instantâneos como enigmáticos. Continuamos no limbo , até ao fim. Desmaterializados na névoa da madrugada, como o autor o refere em “Trilogia de Lisboa: II. Da Desolação”. Uma desmaterialização delirante, em busca da essência de algumas coisas.
Misteriosamente. Velozmente.
Um disco de sombras a necessitar de ser explorado, ao limite.
“O Maquinista” – O Maquinista (Periscópio 001, 2009)
01 O Maquinista
02 Intromissão
03 O Silêncio É o Paraíso
04 Bebop No Hot Club
05 Pôr Do Sol Em Santa Catarina
06 Polaroids
07 Derradeiros Segundos No Matadouro
08 O Anjo Negro Sobrevoa A Cidade
09 Trilogia de Lisboa: I Da Nostalgia
10 Trilogia de Lisboa: II. Da Desolação
11 Trilogia de Lisboa: III. Do Exílio
12 Salve Os Que Me Iluminam
13 Epílogo
[…] ““O Maquinista” é um disco misterioso. “O Maquinista” apela aos sentidos; como se fechássemos os olhos e nos víssemos a voar sobre uma cidade já cansada e caída no confuso lusco-fusco. Em busca de respostas.” (a trompa) […]