Lisboa, 2002, fruto de um trabalho inicial e solitário de Bernardo Palmeirim, nasciam os The Grey Blues Bend.
Neste disco, os TGBB são Bernardo Palmeirim, voz e guitarra; Filipe Rocha, baixo e coros; Norberto Lobo, guitarra e coros e Ricardo Rocha, bateria. Pedro Magalhães, Pedro Fernandes e Ruben Costa apoiaram na produção e completam a equipa.
Há algum tempo que neste nosso quieto jardim, uma corrente estética que rotularia abusivamente (admito) de “BorLandiana”, se confunde entre letras e sons. Temas melancólicos, melodiosos, de ambientes soturnos mas igualmente sentidos. The Grey Blues Bend gira por aí, mas não só…
Numa edição da Fonoteca Municipal, este “Four Songs…” leva-nos pelos caminhos melodiosos de uma fusão sonora alternativa de tez bucólica, a rondar pela pop, pelo rock, pelo soul porque não, e por algum psicadelismo. Há exploração destes e muitos outros caminhos, há uma melancolia natural nascida sobre diversas formas de fazer música. Fundidas.
São 18 minutos de nostalgia, breves minutos de ligação a cenários já distantes mas em constante recreação, breves minutos de um ritmo alternativo e sereno e por um coro cuidadosamente embalados. São 18 minutos interessantes, minutos breves de uma banda interessante e a prometer novos vôos, quiçá vôos mais acentuados numa qualquer direcção. Ou talvez não.

Há alguns sons por aqui, inclusive “My Dirty Shadow”