CRÍTICA“Ölga” – Ölga
Os Ölga (Diogo Luís, João Hipólito e João Teotónio) são oriundos de Lisboa e formaram-se em 2001.
Não há caminhos fáceis. O trio sabe isso e mesmo assim decidiu seguir um deles, dos difíceis, de ambientes solitários, intensos, densos na sua negritude. O EP “Ölga” é um disco de imagens sonoras, flashes imagéticos que nos transportam para paisagens quase sempre longíquas às do presente. É um bom disco mas não é um óptimo disco. É um bom início mas apenas um início. O disco desenvolve-se serenamente, às vezes demasiado serenamente numa obscura melancolia, aprofundado em ambientes sonoros alternativos e por vezes repetitivos. É um disco de sensações de fortes emoções em crescimento.
Ao som do piano, “Kick Up Iron” resvala para um interessante diálogo instrumental onde os imperceptíveis trechos vocais aparecem a espaços apenas como pano de fundo. Há uma energia positiva no tema que nos deixa naturalmente curiosos para o que se segue.
“3am” é o único tema vocalizado, transformando-o no tema diferente do disco, não tanto pela instrumentalização mas antes pela voz sussurrada. É o tema mais simples, bonito mas sem grandes virtualidades. Ao segundo tema, continuamos alerta, a diversidade do arranjo com a inclusão da voz deixa-nos assim…com elevada curiosidade…ainda.
Ao terceiro tema nasce alguma desconfiança e a curiosodade finda. Em “Old Piano” as emoções repetem-se, a sonoridade deprimente, eternamente triste repete-se como em temas anteriores. Há uma cor diferente, um violoncelo no ar.
Em “Train’s Fog” a amargura mantém-se, num dos temas mais interessante do EP, a eterna dolência vai-se mantendo até ao meteórico disparo que nos acorda e faz deste tema um dos temas a reter do EP. Extenso mas interessante.
Sobra a faixa escondida, exercício sonoro sustentado por uma espécie de chuva que vai caindo do lado de fora do bar enquanto neste, um piano é dedilhado.
Como primeiro disco é sem dúvida um disco muito interessante, será necessário no entanto que os Ölga possam oferecer algo ainda mais arrojado, essencialmente mais agitado, correr novos caminhos sonoros na procura de outras ondas .
Não há caminhos fáceis. O trio sabe isso e mesmo assim decidiu seguir um deles, dos difíceis, de ambientes solitários, intensos, densos na sua negritude. O EP “Ölga” é um disco de imagens sonoras, flashes imagéticos que nos transportam para paisagens quase sempre longíquas às do presente. É um bom disco mas não é um óptimo disco. É um bom início mas apenas um início. O disco desenvolve-se serenamente, às vezes demasiado serenamente numa obscura melancolia, aprofundado em ambientes sonoros alternativos e por vezes repetitivos. É um disco de sensações de fortes emoções em crescimento.
Ao som do piano, “Kick Up Iron” resvala para um interessante diálogo instrumental onde os imperceptíveis trechos vocais aparecem a espaços apenas como pano de fundo. Há uma energia positiva no tema que nos deixa naturalmente curiosos para o que se segue.
“3am” é o único tema vocalizado, transformando-o no tema diferente do disco, não tanto pela instrumentalização mas antes pela voz sussurrada. É o tema mais simples, bonito mas sem grandes virtualidades. Ao segundo tema, continuamos alerta, a diversidade do arranjo com a inclusão da voz deixa-nos assim…com elevada curiosidade…ainda.
Ao terceiro tema nasce alguma desconfiança e a curiosodade finda. Em “Old Piano” as emoções repetem-se, a sonoridade deprimente, eternamente triste repete-se como em temas anteriores. Há uma cor diferente, um violoncelo no ar.
Em “Train’s Fog” a amargura mantém-se, num dos temas mais interessante do EP, a eterna dolência vai-se mantendo até ao meteórico disparo que nos acorda e faz deste tema um dos temas a reter do EP. Extenso mas interessante.
Sobra a faixa escondida, exercício sonoro sustentado por uma espécie de chuva que vai caindo do lado de fora do bar enquanto neste, um piano é dedilhado.
Como primeiro disco é sem dúvida um disco muito interessante, será necessário no entanto que os Ölga possam oferecer algo ainda mais arrojado, essencialmente mais agitado, correr novos caminhos sonoros na procura de outras ondas .
“Ölga” – Ölga (2004/Bor Land)
01 kick up ron
02 3am
03 old piano
04 train’s fog
— (faixa escondida)
Sítio: www.bor-land.com