A trupe vem de Tomar (Luis Salgado & Filipe Confraria ao leme) e procura trilhar novos caminhos sonoros através do cruzamento “do orgânico, do analógico e do digital” (não sou eu que digo, são eles). O digital sai nitidamente a ganhar. Nitidamente digital. Nitidamente electrónico.
Em potencial, u-clic é um projecto prometedor, que sustenta toda a densidade tecnológica do seu som numa componente visual e contextual muito forte. Vence pelo arrojo do conceito, pela ligação som- imagem, pelo jogo de formas e cores que este encerra. A música, essa, movimenta-se no campo do rock-electrónico, algo minimal, até nas letras, mas rock electrónico. O pop e o rock são o pano de fundo, porque não? do futuro? porque não?
Há uma ideia colectiva, um conceito, uma certa forma de passar emoções. A mensagem dos u-clic ouve-se, sente-se e dança-se. É uma vibração. Vibração futura, porque não?
“u-clic é agora” (dizem), por enquanto, u-clic terá de ser um pouco mais do que é agora, um pouco diferente em alternativa ao modismo do electro-rock actual. É verdade, dança-se, tem um carácter mais minimal, às vezes criativo…no entanto, ficamos com a ideia que apenas estamos a calcorrear o início de um caminho. Um bom caminho, mas no início.
O som? “electro/rock/arty/punk [riscar o que não interessa]”…dizem!
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