“Esqueçam todas as bandas onde tocam ou tocaram anteriormente o Joaquim Albergaria, o Hélio Morais, o Makoto Yagyu e o João Pereira. Esqueçam Vicious Five, Linda Martini, If Lucy Fell e Riding Pânico. Os PAUS cheiram a novo e a melhor maneira de perceber isso, é vê-los ao vivo ou ouvir o EP de estreia.” (Infomail)
É. Parece-me um bom ponto de partida; um excelente ponto de partida. Na verdade, parece-me o único ponto de partida aceitável.
Vê-los não vi mas o EP já ouvi. E a sensação é única. Desde logo por aquela fantástica e contraditória sensação de se parecerem com tudo e com nada ao mesmo tempo. É diferente. É arrojado. É o resultado final parido do confronto de uma bateria siamesa, um baixo, uns teclados e uma voz que se exprime a espaços. E isto é Paus. Sem conceito definido, nem preocupações nesse sentido, o som dos Paus é singular e faz-nos pensar que ainda há esperança; para eles; para nós; para todos. É bom sentir que a música alternativa lusa não anda a dormir, muito pelo contrário. Há quem tente experimentar coisas novas.
Paus cheira a bem; cheira a fresco.
“É Uma Água” – Paus (Enchufada, 2010)
01 Pelo Pulso
02 Lupiter Deacon
03 Mete As Mãos À Boca
04 Mudo E Surdo
Palavras Sábias :)