Excelente amostra; “uma grande malha; sonora e lírica”. Desde 1996…
O tema de avanço para “V Império”, novo álbum dos Dealema, não engana; não engana nem deixa descortinar, felizmente, uns Dealema relaxados por alguma da exposição dos seus elementos nos últimos tempos. O histórico quinteto de quatro MC’s e um DJ, compostos por Fuse, Mundo, Maze, Ex-Peão e DJ Guze, não fizeram a coisa por menos. O single “Sala 101” é um documento poderoso; com uma letra forte – a escarafunchar na podridão humana – e um beat diversificado, cortado por samples de situação, “Sala 101” tem na voz melodiosa e vagueante de Marta Ren (Sloppy Joe) – outra vez, uma das suas mais valias. Grande.
Cinco anos depois do lançamento do álbum “Dealema” (NorteSul, 2003), o quinteto de Gaia promete para “V Império” uma nova demonstração do melhor rap que se vai fazendo por estas bandas. Olhando para este “Sala 101”, não ficam muita dúvidas. Para além do single, também já temos videoclip. Boa.
O álbum é editado a 1 de Abril numa edição partilhada entre o grupo e a Banzé.
5 thoughts on “SINGLES & EP’S|”Sala 101″ – Dealema”
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Muy interesante! Leerlo fue de mucha utilidad, te agradezco. Si te interesa, yo tengo un sitio web con mucha información sobre el Cabello Lacio.
hey ppl, ng tem a letra desta musica com a parte dos Woyza? :D
Thknz+
[…] Rap Dealema Ler Mais […]
Aqui fica a letra de “sala 101” dos dealema.
DIRECTAMENTE DA VISA:
Alerta, o ser humano é básico, trágico
Contra a própria raça, sádico
Um bebe abandonado num saco plástico
Adolescente apanha a SIDA com o padrasto
Uma cabeça é decapitada no rato, noticiário:
Invasão de canibais ao estádio, um emigrante com o crânio esmagado
Dói tanto como um pai que perde lentamente um filho
Ignorado, um videojogo que acaba em assassinato
A religião eleva a fé do bombista fanático
Um acidente na estrada pode acabar num obrigado,
Ou então com a frase ‘eu mato-te’
Violência gera violência, violência gera ignorância, ignorância gera violência
Se és dotado de inteligência quebra a cadeia,
Tu és dotado de inteligência quebra a cada.
Ignorância gera violência, nela nunca procurei abrigo
Cultivo a paz pela subsistência da existência deste universo onde resido
Se estás a um passo do abismo pensa bem,
Será que vale mesmo a pena ir mais além?
A consequencia do acto torna-te refém,
Não queiras para os outros o que não queres para ti também.
E ele puxou o gatilho da 6.35, bazou, deixou sangue no recinto
Ele era um puto normal, um puto bombástico
Mas era mal tratado pelo padrasto, a mãe nao tinha tempo para intrevir
Trabalhava horas extras numa fábrica para subsistir
Sem tempo para o acompanhar ou dar educação
Primeiro meteu patelas, depois veio o sabão
Passou para os quilos, depois veio o filho,
Passou para as bases, depois o vicio (e a ressaca)
Começaram os assaltos à mão armada, a joalharias
Com fiats unos roubados e gunarias de todos os lugares
De todos os bairros, do Aleixo ao Tarrafal até criar um gang loca
O seu pai estava demente, estava a flipar
Veterano, ex-combatente do ultra-mar
Tinha ido para morrer, tinha ido para matar
Mas não estava preparado para o que ia enfrentar
Veio traumatizado com quem tinha matado
Com pastilhas que tinha tomado, obrigado a ingeri-las com a comida
Continham LSD e anfetaminas, drogas quimicas
O puto acabou condenado, encarcerado
A mãe com um desgosto e o pai alcoolizado
Pousa essa arma, e lê um livro, não é mau carma
Diz livre-arbitrio, ve se tens calma, vence esse vicio
Andas em circulo, quebra esse ciclo, nãos estás perdido
Há um caminho, tens uma mente, alimenta o espirito
Planta a semente, sê positivo, dissipa o ódio e ama o próximo
Ignorância gera violência, nela nunca procurei abrigo
Cultivo a paz pela subsistência da existência deste universo onde resido
Se estás a um passo do abismo pensa bem,
Será que vale mesmo a pena ir mais além?
A consequencia do acto torna-te refém,
Nao queiras para os outros o que nao queres para ti também.
(Merdas antecedem a alvorada da alma. Quando estiveres na merda por favor tem calma. Sobrevivência diária.)
Ignorancia gera violência,
Nela nunca procurei abrigo,
Cultivo a paz pela subsitencia
Da existencia deste universo onde resido.