Há dias assim, há discos assim…
Os Lupanar chegaram para nos surpreender; pelo sol, pela alegria, pela festa que emanam, pela luz. 2005 já merecia um disco assim, que não sendo o melhor – pessoalmente -, é sem dúvida um dos mais felizes. Sim, é disto que falo, da felicidade. “Abertura”, assim se chama o álbum de estreia dos Lupanar (Tiago Rebelo na bateria, Ana Bacalhau na voz, Dídio Pestana na guitarra, Jan Peuckert no acordeão, Gonçalo Tocha na viola e Zé Pedro Leitão no contrabaixo).
Desta forma simples falamos da abertura de novas fronteiras, novas formas de fazer arte, de emanar paixão, de criar, de cantar e pensar, sempre em português. Há em “Abertura” uma riqueza lírica. Há, é preciso dizê-lo. Depois de 2001, data de nascimento desta criatura de estilo “bordel artístico-musical” – como os próprios se auto-intitulam – , os Lupanar tiveram como pontos altos da sua carreira, o 3º lugar na final do Termómetro Unplugged e a participação no aclamado CD de homenagem a Carlos Paredes, “Movimentos Perpétuos”.
Por outro lado, é um disco estranho à audição inicial, admito. Naturalmente só lhe posso aconselhar que se tal lhe acontecer, não desista!
“Abertura” é um dos discos mais frescos e extrovertidos surgidos nos últimos tempos cá pelo burgo, especialmente pela inventividade geral, pela originalidade das letras e dos arranjos, pela assunção de um risco, de peito aberto, o risco da criatividade. Os Lupanar criaram um universo próprio, onde as barreiras estilistas se vão esboroando a cada tema, ora mais pop, ora mais rock, ora mais tradicional, ora mais jazz, até mais fado, numa fusão de estilos em constante experimentação. Também aqui o universo Lupanar é apaixonante, tal a forma – em catadupa – como somos surpreendidos a cada tema que passa, pela forma experimental como nos experimentam. Muita coisa se subverte neste “Abertura”, principalmente na canção e na estrutura que a sustém, até com isso os Lupanar brincam para nosso gáudio. Mas há música, diferente, feita de melodias em constante contorcer sonoro; custa a entrar mas quando o faz, fica. Lupanar, fica na retina.
São 13 temas de uma versatilidade acentuada, de estímulos variados e bem fundados nos melhores e históricos exemplos da pop portuguesa mais criativa, com especial relevo para uns Mler ife Dada, obviamente. Depois temos Ana Bacalau, na voz…emoção a rodos.
Em “Abertura” nada surge por acaso, tudo é feito pelo prazer…de o fazer, de o oferecer…
Cá deste lado…Obrigado.
Os Lupanar chegaram para nos surpreender; pelo sol, pela alegria, pela festa que emanam, pela luz. 2005 já merecia um disco assim, que não sendo o melhor – pessoalmente -, é sem dúvida um dos mais felizes. Sim, é disto que falo, da felicidade. “Abertura”, assim se chama o álbum de estreia dos Lupanar (Tiago Rebelo na bateria, Ana Bacalhau na voz, Dídio Pestana na guitarra, Jan Peuckert no acordeão, Gonçalo Tocha na viola e Zé Pedro Leitão no contrabaixo).
Desta forma simples falamos da abertura de novas fronteiras, novas formas de fazer arte, de emanar paixão, de criar, de cantar e pensar, sempre em português. Há em “Abertura” uma riqueza lírica. Há, é preciso dizê-lo. Depois de 2001, data de nascimento desta criatura de estilo “bordel artístico-musical” – como os próprios se auto-intitulam – , os Lupanar tiveram como pontos altos da sua carreira, o 3º lugar na final do Termómetro Unplugged e a participação no aclamado CD de homenagem a Carlos Paredes, “Movimentos Perpétuos”.
Por outro lado, é um disco estranho à audição inicial, admito. Naturalmente só lhe posso aconselhar que se tal lhe acontecer, não desista!
“Abertura” é um dos discos mais frescos e extrovertidos surgidos nos últimos tempos cá pelo burgo, especialmente pela inventividade geral, pela originalidade das letras e dos arranjos, pela assunção de um risco, de peito aberto, o risco da criatividade. Os Lupanar criaram um universo próprio, onde as barreiras estilistas se vão esboroando a cada tema, ora mais pop, ora mais rock, ora mais tradicional, ora mais jazz, até mais fado, numa fusão de estilos em constante experimentação. Também aqui o universo Lupanar é apaixonante, tal a forma – em catadupa – como somos surpreendidos a cada tema que passa, pela forma experimental como nos experimentam. Muita coisa se subverte neste “Abertura”, principalmente na canção e na estrutura que a sustém, até com isso os Lupanar brincam para nosso gáudio. Mas há música, diferente, feita de melodias em constante contorcer sonoro; custa a entrar mas quando o faz, fica. Lupanar, fica na retina.
São 13 temas de uma versatilidade acentuada, de estímulos variados e bem fundados nos melhores e históricos exemplos da pop portuguesa mais criativa, com especial relevo para uns Mler ife Dada, obviamente. Depois temos Ana Bacalau, na voz…emoção a rodos.
Em “Abertura” nada surge por acaso, tudo é feito pelo prazer…de o fazer, de o oferecer…
Cá deste lado…Obrigado.
“Abertura” – Lupanar (2005/Ed. Autor)
01 Beijo frito
02 Ritmor
03 Roubadores
04 Contrabasse
05 Canção de Nanar
06 Escapa-nos o Tempo
07 Canção da Pêga
08 Caballondear
09 Rotalino Kino
10 Trilogia
11 Éstufado
12 Filhos de Lis
13 Bífido Cadillac
Pop
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