Hoje perdi-me por um disco feito de cruzamentos vários, geralmente enredado pelo intenso eixo Paris-Lisboa…o disco é de 2005 e marca a estreia de Pat Kay & The Gajos.
“Montmartre” é o título do álbum de estreia deste colectivo parisiense liderado pelo luso-francês Patrick Caseiro; motivado em parte pelo contacto com outro luso-francês, Dan Inger, Patrick Caseiro tem por companhia nesta aventura, JAP (guitarra), Mitch (bateria), François (baixo) e a bela voz Valérie (coros).
Composto por uma dúzia de temas, “Montmartre” convive no seu interior com vários motivos de interesse e que fazem dele um registo curioso – a conhecer, efectivamente. Genericamente à bolina pelo vasto mar do rock, “Montmartre” é muito mais do que isso; é um disco em constante viagem por várias referências, de estilo, de cultura, de vivência. Com uma profunda incursão pelo spoken word, não fosse o seu amigo Adolfo Luxúria Canibal uma das suas principais referências – contando mesmo com a expressiva interpretação da voz dos Mão Morta no tema “Pressure”, Os Pat Kay & The Gajos levam-nos para uma espaço sonoro onde a poesia vive em movimento; este é um disco de poesia – boa poesia. Os textos não existem por existir, expressam-se pela sua razão, têm corpo, enchem com as palavras certas a música que vai vibrando pelo disco fora. E vibra…
Mas há mais, motivos de interesse; aí vão mais dois: um deles é a versão do tema “Tu Dissestes” dos Mão Morta, neste álbum transformada em “You Said”; o outro, é o curiosíssimo tema “Fronteira”, versão de um tema dos UHF, “(Vivo) Na Fronteira”, lado B do histórico single “Rua do Carmo”.
Mas voltemos às viagens, ao universo intenso que “Montmartre nos leva a percorrer, mentalmente, fisicamente, quase sempre encaminhados pela voz forte e falada de Patrick Caseiro… este é um disco quase sempre vivido em serenidade, intimamente, mas um disco rock que também se aventura pelo blues em “Vendeu Tudo”, por uma tonalidade mais electrónica e ambiental em “The Cramp” ou “You Said”, por uma baladeira “Fisherman’s Wife” ou pela mais roqueira “Fronteira”. É um disco que mesmo sem inovar, nos prende por alguma densidade, por alguma frontalidade.
Boa experiência…”Montmartre” é música e prosa cruzada num equilíbrio quase perfeito, num intimismo que percorre o disco lés-a-lés, marcado pelo spoken word que carimba indelevelmente o universo de Pat Kay & The Gajos.
Tenham uma boa viagem…
“Montmartre” é o título do álbum de estreia deste colectivo parisiense liderado pelo luso-francês Patrick Caseiro; motivado em parte pelo contacto com outro luso-francês, Dan Inger, Patrick Caseiro tem por companhia nesta aventura, JAP (guitarra), Mitch (bateria), François (baixo) e a bela voz Valérie (coros).
Composto por uma dúzia de temas, “Montmartre” convive no seu interior com vários motivos de interesse e que fazem dele um registo curioso – a conhecer, efectivamente. Genericamente à bolina pelo vasto mar do rock, “Montmartre” é muito mais do que isso; é um disco em constante viagem por várias referências, de estilo, de cultura, de vivência. Com uma profunda incursão pelo spoken word, não fosse o seu amigo Adolfo Luxúria Canibal uma das suas principais referências – contando mesmo com a expressiva interpretação da voz dos Mão Morta no tema “Pressure”, Os Pat Kay & The Gajos levam-nos para uma espaço sonoro onde a poesia vive em movimento; este é um disco de poesia – boa poesia. Os textos não existem por existir, expressam-se pela sua razão, têm corpo, enchem com as palavras certas a música que vai vibrando pelo disco fora. E vibra…
Mas há mais, motivos de interesse; aí vão mais dois: um deles é a versão do tema “Tu Dissestes” dos Mão Morta, neste álbum transformada em “You Said”; o outro, é o curiosíssimo tema “Fronteira”, versão de um tema dos UHF, “(Vivo) Na Fronteira”, lado B do histórico single “Rua do Carmo”.
Mas voltemos às viagens, ao universo intenso que “Montmartre nos leva a percorrer, mentalmente, fisicamente, quase sempre encaminhados pela voz forte e falada de Patrick Caseiro… este é um disco quase sempre vivido em serenidade, intimamente, mas um disco rock que também se aventura pelo blues em “Vendeu Tudo”, por uma tonalidade mais electrónica e ambiental em “The Cramp” ou “You Said”, por uma baladeira “Fisherman’s Wife” ou pela mais roqueira “Fronteira”. É um disco que mesmo sem inovar, nos prende por alguma densidade, por alguma frontalidade.
Boa experiência…”Montmartre” é música e prosa cruzada num equilíbrio quase perfeito, num intimismo que percorre o disco lés-a-lés, marcado pelo spoken word que carimba indelevelmente o universo de Pat Kay & The Gajos.
Tenham uma boa viagem…
Ver datas da April Tour lusitana (12 a 15 de Abril).
Ouvir alguns temas de Pat Kay & The Gajos.
“Montmartre” – Pat Kay & The Gajos (2005/Accord’Art)
01 Urgency
02 You Said
03 The Piano Star
04 La Nasse
05 Pressure
06 Fisherman’s Wife
07 Vendeu Tudo
08 Chuva
09 Montmartre
10 The Cramp
11 Noite Baça
12 Fronteira
Rock
www.patkayandthegajos.com