Potente. É o homónimo álbum de estreia dos lisboetas The Dirty Coal Train; um álbum de pura energia rock !
“Foi na mais quente e húmida noite daquele verão de má memória que tudo aconteceu. Uma noite amaldiçoada para todos os que nela participaram. Uma noite em que teve início uma empreitada malfadada, cujas negras consequências não são ainda completamente perceptíveis.
A lua não estava cheia. Fugindo da multidão enraivecida que as perseguia, dois passos apenas à frente do alcance dos archotes e das forquilhas, três mulheres procuravam abrigo nas fumegantes entranhas dos pântanos do Louisiana. A alternativa, sabiam, permitia-lhes uma escolha. Mas era entre a forca e a fogueira.
Marie LaVeau, raínha voodoo e mestre na arte de encolher cabeças e enlouquecer inimigos; Lena Hurácan, sacerdotisa amazónica, capaz de invocar os espíritos da natureza e convocar ventos, dilúvios e trovões com os ritmos dos seus tambores; e Conchita de Aragón, cigana fugida de um espetáculo de horrores circense, incapaz de disfarçar um sorriso velhaco ao revelar infortúnios futuros em sessões de leitura das palmas das mãos aos insensatos temerários que se atreviam a pedir-lho, infalível a espalhar feitiços, maus olhados e poções azedas(…)
Duas horas depois, já livres da perseguição, cruzaram- -se com a figura esguia de Reverend Jesse, quando este recolhia escamas de jacaré para um guisado. O velho pregador, que há muito havia substituído a leitura das sagradas escrituras pela procura de iluminação no fundo de uma garrafa de aguardente de contrabando, guardava os julgamentos para o dia do juízo final. Viu as roupas e os amuletos, percebeu tudo, o visível e o oculto, mas não se preocupou. Convidou as três mulheres para jantar (…)” Nota de Imprensa
A edição é da Chaputa Records! [ROCK | GARAGE | OUVIR]