“Da minha alcova em brasa eu me remeto
à descoberta do místico oculto.
E se na sombra essa luz eu encontro,
é porque na luz não passo de um vulgo” (“Alcova em brasa”)
E chegamos a essa figura algo sombria de nome Broto Verbo. Não se assustem, Broto Verbo é o novo projecto de Carlos Matos, ex-membro dos Ode Filípica (1989-1994), um dos grupos precursores do movimento industrial nacional.
Com uma actividade que se estende pelos mais diversos projectos (Plebe Sindicatum, C&C Corporation, Clínica do Medo, The Sixth Sense Disease, Circo Errechis Céptico e Plaztik Leiria Bomberz), Carlos Matos lançou-se agora em nome quase próprio, num projecto que faz do uso cuidado da língua portuguesa, uma das suas riquezas. Sobre o som, o próprio autor afirma pretender “juntar e equilibrar o espírito musical do punk/goth/electro/indie” (1) – tem mesmo a densidade que parece ter.
Entre as novas canções, destaque para uma interessante versão de “Cão da Morte”, tema dos Mão Morta.
Broto Verbo
19 Jan | Beat Club | Leiria | 24h