A cântaros…são sons e muitos.
Hoje a viagem deste maestro é por um dos catálogos mais curiosos e escondidos da moderna música lusitana: FlorCaveira é o destino…adiante pela rede adentro.
Comecemos por Borboletas Borbulhas – não se baralhem, alguns dos nomes vão-se repetindo, vezes sem conta – onde o nome de Tiago Guillul emerge (ex-Guel, Guillul & o Comboio Fantasma, entre outros e actualmente parte dos Ninivita e Gratos Leprosos) num projecto de grindcore bem lusitano…não só; bem estimulante. Mas há que seguir em frente rumo os Gratos Leprosos, onde o mesmo Tiago Guillul – esse mesmo, num projecto pessoal vivido ao vivo na companhia de Guel – guitarra, Lipe – bateria, Ben – guitarra, Almirante – baixo e Cado – orgão, nos desperta com aquela alma lusitana na voz para aquilo que diz ser o seu soul/punk. O punk-rock dos Gratos Leprosos. Mas não estagnemos por aqui; como não poderia deixar de ser, há ainda espaço para Guel, Guillul & o Comboio Fantasma, de Queluz para o mundo, o projecto extinto de…Tiago Guillul e Guel na voz e guitarra, do Cindy Kat Eleutério no orgão e baixo e de Lipe na bateria; onde é que eu já vi esta trupe…aquela trupe do punk-rock.
Chega o momento de Samuel Úria, alternativamente sozinho, de pose indie, de gravação muito muito caseira – por isso mesmo sempre interessante – como que preparando o projecto que se segue no discurso. Ninivitas, banda que Samuel mantém com mais alguns dos amigos de sempre; música de um tal “roque enrole” singelo, divertido, sem angústias – sem vergonhas.
Quase no fim, tempo ainda para Jónatas Pires – guitarra e voz, Filipe Sousa – guitarra e voz e David Pires – bateria, trio que responde por Pontos Negros, um trio bem agarrado ao movimentado rock de Queluz; Pontos Negros que um dia afirmavam “As meninas pequeninas (só usam mini-saia)”. Para o fim, uma linha ainda para Bruno Morgado e Pastor Regueiras.
Muitas experiências para uns minutos bem passados; FlorCaveira é o selo de destino.

Por AQUI há sons de Borboletas Borbulhas, Bruno Morgado, Guel, Guillul & o Comboio Fantasma, Pastor Regueiras, Pontos Negros, Samuel Úria e Tiago Guillul.

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By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.