É incrível como a música evolui, tal como os computadores também a música está em constante mutação. Infernal. O que hoje é, amanhã deixou de ser, pois há uma diferente, há uma melhor. Basta estagnar um dia e nada está igual no seguinte, mais uma banda que nasce, mais um acorde rasgado, mais um sub-género inventado. Geralmente um sub do sub do sub-género. E se a gente se ri.

É incrível a facilidade como me sinto ultrapassado e deixo de conseguir acompanhar quem escreve profissionalmente acerca destas coisas da música. Eu ainda sou do tempo em que havia o rock, o pop, o heavy metal, o punk, o jazz, a clássica e mais algumas que se encaixam no âmbito do etc. E hoje? Não ontem, hoje? é uma deliciosa confusão. Não porque se começou a falar cada vez mais de hip hop, de funk, de música electrónica, de world music, não! mas porque se começou a falar de algumas coisas que eu francamente não entendo, espero que a maioria dos leitores entenda, melhor, espero profundamente que quem escreve o que escreve perceba o que está a escrever. Isso é que convinha mesmo, mesmo que mais ninguém entenda.

Em jeito de confissão, o que eu gosto mesmo é dos novos sub-sub-sub-géneros: do gótico industrial neo romântico, do death metal dub ambiental, do pop rock progressivo mais ou menos, do grunge industrial jungle sem fim, do funky alternativo speedado mas sem dor, enfim, um mundo alternativo de novas soluções musicais e novos prazeres, que nos deixam assim, extasiados.

Entretanto, vou tentando, vou assimilando esta coisa nova do sub-sub-sub-género!

Nota final: As expressões utilizadas no penúltimo parágrafo são pura ficção, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.