Agora, “The Noble Search”; é esse o título do novo álbum dos The Firstborn, sucessor do surpreendente “The Unclenching of Fists” (ProCon Media, 2005). Valeu bem a espera. A ‘chapa 7’ de hoje pertence aos The Firstborn:
1. Numa frase apenas – ou duas – como caracterizam conceptualmente o álbum “The Noble Search”?
Simboliza as várias perguntas que se podem colocar para obter uma mesma respostas – vários rumos traçados para um mesmo destino.
2. “The Noble Search” é um disco de ‘viragem’ ou um disco de ‘continuidade’, em relação ao vosso anterior registo? Que principais diferenças encontram?
Se, por um lado, segue a linha do anterior “The Unclenching of Fists” (nomeadamente na temática e também em alguma estética musical), tem também uma série de elementos de subtil “viragem”: foi o primeiro disco escrito sem o até então principal compositor da banda, Paulo Vieira, o que tem óbvias repercussões na música; tivemos a oportunidade de trabalhar com músicos convidados que enriqueceram bastante o álbum, e pudemos assim evitar recorrer aos samples que povoavam em demasia o registo anterior; e, entre muitas outras ténues diferenças, o estúdio vintage onde tivemos a possibilidade de gravar “The Noble Search” imprimiu também o seu cunho à gravação.
3. Este foi um disco feito a pensar no público que vos ouve? Que expectativas têm em relação à sua aceitação?
De maneira alguma, foi um disco escrito sem quaisquer imposições/restrições estilísticas: compusemos a música sem pensar muito, saiu tudo de forma bastante instintiva e só recentemente começámos, de facto, a ter alguma curiosidade relativamente à opinião das pessoas. Estamos cientes que não será possível agradar a todos, e que uma vez mais alienaremos algumas pessoas que gostavam do nosso trabalho até à data… mas tem sido essa uma das poucas constantes na nossa carreira – a inconstância.
4. Que sensações esperam que as pessoas retirem da audição do novo disco?
Espero que viajem connosco pelas paisagens sónicas que registámos, pelos altos e baixos da sua dinâmica e se permitam banhar nas ondas de fúria incontida e respirem nos intervalos de relativa acalmia.
5. Se tivessem que escolher a faixa que melhor encarna o espírito do novo disco, qual escolheriam? Porquê, mais sucintamente?
Sendo que todos os temas são bastante diferentes entre si, algo premeditado e que reflecte o conteúdo lírico, é difícil identificar um tema que, por si só, espelhe todo o álbum… talvez “Flesh to the Crows”, pelo sua imediatez, agarre o ouvinte com mais facilidade que os restantes temas. No entanto, a música que mais gozo nos deu criar terá sido, creio, “‘sunyata (The Wisdom of Emptiness)” por ser tão diferente de tudo aquilo que fizemos até então.
6. O que podem esperar as pessoas que vos forem ver ao vivo?
Muita energia, muita entrega, muitas texturas sónicas sobrepostas e ocasionalmente alguns convidados para abrilhantarem a nossa actuação.
7. Como vai ser o futuro próximo dos The Firstborn?
Faremos em breve alguns – poucos – concertos em Portugal em jeito de apresentação de “The Noble Search” e depois disso vamos envidar esforços para conseguirmos uma maior exposição fora de portas. Depois, talvez, um novo disco.
“The Noble Search” – The Firstborn (Major Label Industries 2008)
Metal
www.thenoblesearch.com
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