Apeteceu-me voltar a Guilherme Canhão…não sei se pela melancolia, se pelo frio da noite, apeteceu-me regressar a “86”. Não sei se enfeitiçado por algumas daquelas estruturas circulares, se por aquela guitarra perdida, se pela companhia a espaços da bateria, se pela imagem do horizonte longínquo. Apeteceu-me.
Guilherme Canhão é uma das tenazes dos Lobster, qual cavalgada eléctrica e cortante, aqui, em paz. Aqui, são apenas nove canções, instrumentais marcados por uma ideia visual forte, ambientais, capazes de nos fazer recostar e pensar apenas: vai-te embora saudade. Dizia há tempos que “86” é um disco de impressões, digo hoje que é também a marca indelével do fim da jornada, quando a noite se prepara como que para apagar a memória do dia. Quase sempre assim. Quase.
São as cores da intimidade de Guilherme; cores sensíveis, simples, como as que alimentam a luz e a escuridão dos dias e das noites. São assim, simples.
Apeteceu-me, apenas…
Guilherme Canhão é uma das tenazes dos Lobster, qual cavalgada eléctrica e cortante, aqui, em paz. Aqui, são apenas nove canções, instrumentais marcados por uma ideia visual forte, ambientais, capazes de nos fazer recostar e pensar apenas: vai-te embora saudade. Dizia há tempos que “86” é um disco de impressões, digo hoje que é também a marca indelével do fim da jornada, quando a noite se prepara como que para apagar a memória do dia. Quase sempre assim. Quase.
São as cores da intimidade de Guilherme; cores sensíveis, simples, como as que alimentam a luz e a escuridão dos dias e das noites. São assim, simples.
Apeteceu-me, apenas…
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“86” – Guilherme Canhão (Merzbau, 2006)
Alternativo
merzbau-label.org
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[…] dias assim; dias de prazer. Três anos depois da edição do belo “86” (Merzbau, 2006), Guilherme Canhão, músico de outras aventuras com Lobster, Tigrala e mais […]