João Afonso está de volta aos álbuns de originais e deixou-nos algumas palavras sobre o mesmo. Segue-se a segunda parte dessa ‘conversa’:
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Quando o João Afonso olha para este novo álbum, e não apenas em relação a “Outra Vida”, que principais diferenças se podem encontrar em relação a tudo o que já editou?
Procurei e procurámos outras sonoridades e claro, este disco em relação aos outros não tem a minha autoria nos poemas mas sim de dois grandes amigos e grande escritores , O Zé Eduardo Agualusa e o Mia Couto.
Uma questão mais rápida e que serve para entrarmos em definitivo no novo disco: Que “Sangue Bom” é este?
“Sangue bom” é construído como uma narrativa de histórias e mistérios de Mia Couto e de José Eduardo Agualusa com a minha musicalidade e do Vitor Milhanas e de todos os músicos . A riqueza dos arranjos do Vitor realça, a meu ver, a sonoridade lusófona deste disco.
Por onde viaja e respira este “Sangue Bom”; em Portugal, Angola, Moçambique, na diáspora lusa, no mundo?
“Sangue bom ” viaja por essa sonoridade lusófona vestida por kissanges e guitarras, marimbas e adufes… o Brasil e até a Galiza estão presentes com o Fred Martins e o Anxo Pintos. Sangue bom que vive com a força das palavras de Mia e de Agualusa. Eu próprio sinto-me luso. Moçambicano e confesso que me identifico tanto com muitas das letras/poemas dos dois que os considero um pouco minhas quando as canto (Continua…). [WORLD | OUVIR]