BIORRITMO SONORO|"Opus 1:Limbu" – The SymphOnyx

– Físico (força, energia e resistência)
Após as edições dos EP’s “Psicofantasia” (1997) e “Utopia” (2000), os vimaranenses The SymphOnyx lançaram-se em 2005 na edição do seu álbum de estreia, “Opus 1:Limbu”, disco produzido por Daniel Cardoso nos estúdios The Closet. Num diálogo poderoso – quase sempre bem conseguido – entre as sonoridades mais rock e as outras, mais clássicas, a banda de Carlos Barros, Carlos Torres e Martinho Torres delicia-nos com dez temas de um rock gótico – naturalmente sinfónico – a baloiçar num equilíbrio ténue entre o intrincado e o dócil…de ouvir; o single de avanço “Winterfall” é o exemplo clássico do segundo exemplo. Um raio de sol a despontar.

– Emocional (energia interior e peso emocional)
A sinfonia negra. “Opus 1:Limbu” é uma experiência intensa, claramente progressiva, um discorrer mágico sobre um imaginário etéreo, fantasista, nascida de sensações emocionalmente fortes e cruzadas por cenários oníricos de cristalinos arranjos. Energia gótica compassivamente forte, interiormente sentida. É a luz do sol…

– Intelectual (simbolismo e criatividade)
São mais de dez anos de história e o peso de muito estar inventado. O que é feito é realmente bem feito; bem sonhado, bem imaginado, bem criado. Pecando por alguma colagem a outras aventuras – por vezes fortemente colado – o jogo instrumental deste “Opus 1:Limbu” é ainda assim excelente, especialmente na forma como o acústico e o eléctrico se fundem, como as cordas da guitarra (acústica ou eléctrica), do violino ou do violoncelo, se cruzam com a percussão e se deitam serenamente nas teclas do piano e do sintetizador. Não é novo mas é bem feito. Independemente…nublado.