Disco de assinalável qualidade ao nível da produção mas que não chega a “comover”.
Subjectivamente falando, tenho a ideia que os Tendrills ficaram a meio caminho entre o que sonharam um dia fazer e aquilo que realmente fizeram.
Era para ser um disco de nu metal? às vezes é!, era para ser um disco pesado? Não me parece, quase sempre fica a meio caminho, assim como o meio caminho percorrido por uma frase que entra por um ouvido e não quer de lá sair?repetidamente, orelhudamente. Metal leve?
Melodias bem construídas, interpretações correctas, boas canções e a electrónica a compor o ramalhete. O problema é esse: um ramalhete bem composto, demasiado!
O risco é curto, está tudo demasiado correcto, a criatividade essa, ficou como que perdida por algum canto do estúdio.
Mas temos de ser sempre criativos? claro que não, mas alguma criatividade ajuda a criar alguma identidade e em “Gray Área Zone” não a encontrei. O uso diferenciado das máquinas não chegou.


“Gray Area Zone” – Tendrills (2004/Metrodiscos)
1.Closer
2.Big mistake
3.Let go
4.Sacred love
5.Cat walk
6.Comets
7.Wax wings
8.C.F.I.
9.Extraordinary
10.Sunshine
11.The glitch
12.Gray area zone

Sítio: http://www.tendrills.com

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.