“Em Uma Vaca Flatterzunge o compositor assume uma posição denegatória e satírica em relação ao termo – recorre ao estereótipo da ‘ópera bufa’, com emprego trivializado de diálogos e solos fora do recitativo da ópera dita ‘séria’; insinua uma ‘ópera cómica’, que, por seu turno, era uma comédia lírica entre o cantado e o falado; é reminiscente da ‘opereta’, uma forma ligeira e sentimental, visando o grande público e multiplicando os diálogos, peça fantasista, paródica e burlesca, assume mesmo uma noção desconstrutiva do teatro musical dando ênfase à parte instrumental, numa postura pós-modernista (…) Uma Vaca Flatterzunge é um fluxo de gestos criativos timbrados pelo humor – incidentalmente, dentro da noção de music/performance art – e pela qualidade inexcedível dos seus solistas internacionais recrutados para esta exibição. A representação torna-se maravilhante, rica, irradiando vida. Tudo se passa num mundo patético para-operístico, num teatro absurdo de compositores, intérpretes e críticos/musicólogos.” (Jorge Lima Barreto)
Em palco nos dias 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro; na Culturgest.
© Ilda Castro
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