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Uma estranha entrevista com os Capitão Fausto

Rui DinisRui Dinis

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São os Capitão Fausto numa estranha entrevista sobre o seu novo disco, “Os Capitão Fausto têm os dias contados”.

Se não se chamassem Capitão Fausto, chamar-se-iam o quê, por exemplo? Ou porque não Sargento Fausto ou Tenente Fausto?
Jackie Chan & the Pussies. Sargento ou Tenente é mais ligado à tropa. Nós seríamos péssimos soldados.

Três discos depois, o que acham que fizeram completamente de diferente neste que não fizeram nos dois anteriores?
Escrevemos arranjos para um quarteto de sopros e cordas.

Chateiam-se muito com os rótulos ou pode-se dizer que são uma banda que toca música de que tipo?
De facto, não gostamos muito de rótulos. É música pop, mas cada um atribui os adjetivos que quiser à nossa música.

Olhando para o novo álbum, se tivessem de escolher a faixa com que menos se identificam, que faixa escolheriam? Porquê?
Identificamo-nos com todas de igual forma, caso contrário não estariam no disco. Todas contribuem para uma unidade que achamos que o disco tem.

O novo disco chama-se “Os Capitão Fausto têm os dias contados”; e quantos dias são? E depois, o que acontece?
Oito semanas. Depois vamos todos dedicar-nos à contabilidade, algo que sempre quisemos fazer.

Acham que a audição do novo disco se pode adequar a que tipo de situações do dia a dia?
Na verdade a qualquer situação, não nos cabe a nós achar qual é a melhor altura para a nossa música ser ouvida. Se as pessoas gostarem para nós chega. Não pensamos muito em situações nas quais o disco pode ou não ser mais propício.

Se tivessem que dar um nome feminino ao vosso disco, qual seria? E masculino? Assim de repente, porquê?
Dona Reset Cheng e o Amor Eterno. Lance Stryder e a Busca do Amor. Porque também são nomes ótimos.

No fim de um concerto, se uma fã vos oferecesse flores, isso significaria o quê?
Significa que provavelmente gosta de nós, e teve um acto de bondade bonito. As flores são boas para oferecer em todas as alturas e geralmente são bom sinal.

Como quinteto, são uma banda democrática nas votações ou na hora das decisões funcionam de forma diferente?
Somos uma banda democrática.

Enquanto banda ligam muito à imagem ou isso é um pouco igual ao litro?
Ligamos à imagem da mesma maneira que ligamos à nossa imagem do dia-a-dia enquanto pessoas. Não mais do que isso. Em relação aos concertos, a imagem é importante para dar identidade ao espetáculo.

Que pergunta gostariam que vos fizesse e que não tive inteligência para tal? Respondendo de seguida, claro!
Não te preocupes, está tudo bem.

Pedia-vos que deixassem por fim uma mensagem para aqueles que não são ainda vossos fãs?
Se não são era ótimo que ouvissem a nossa música e começassem a ser.

Rui Dinis
Author

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.