Dou hoje início a um especial sobre a “Missão: Canadá”, projecto que visa apoiar a deslocação de um grupo importante de músicos nacionais ao Slacker Canadian Music Week 2012. Darko é um deles:

Recordam-se de como nasceu a ideia de se proporem ao Slacker Canadiam Music Week?
Nasce de um projecto muito maior na nossa cabeça que nos acompanha desde que começámos. Temos o maior orgulho em ser portugueses mas acreditamos que fazemos música para o mundo e como tal mostrá-la ao maior número de pessoas possível é algo que nos faz sentido. Acreditamos no que fazemos, na equipa que reunimos e portanto todas as oportunidades que surgirem para tocar para novos públicos serão agarradas com motivação e profissionalismo. Temos que acreditar haver lugar para nós num mercado maior se queremos continuar a evoluir e a fazer a diferença.

O que representou posteriormente para vocês este convite?
É um enorme orgulho termos sido seleccionados tal como sermos um dos países em destaque deste ano no certame. Vivemos a certeza de haver grandes talentos em todos os lugares do mundo que por questões paralelas à música não têm as mesmas condições e ferramentas para se internacionalizar e exportar, não querendo dizer que não tenham o mesmo mérito artístico. Só o facto de se criarem oportunidades semelhantes para todos já demonstra uma maior sensibilidade e inteligência por parte de quem trabalha nesta indústria. Para mim será um privilégio poder apresentar o meu trabalho para um número tão vasto de profissionais que de outra forma provavelmente nunca teriam conhecimento do mesmo.

Que expectativas têm em relação à vossa participação no evento?
Não costumo ser rapaz de expectativas mas tenho certamente alguns objectivos. O primeiro é o de dar um grande concerto em que consiga transmitir às pessoas a minha ligação com a música e a importância que ela tem na minha vida. Se assim for metade da missão está cumprida. Queremos ser exímios a nível técnico e tentar ser transcendentes a nível espiritual. Acreditamos que só assim poderemos realmente mudar alguma coisa na vida de quem nos ouve. Claro que este processo requer um receptor e nesse campo estaremos sempre a dar um tiro no escuro. Tento acreditar que quando fazemos o que sentimos a magia entre nós o público nasce naturalmente.

Que resultados esperam que esta participação vos possa trazer, de futuro?
Gostaria muito que alguém se surpreendesse com o nosso trabalho. Nos dias que corre já pouco ou nada se inventa mas continuo a acreditar que todos temos algo de especial. Se não acreditasse que mereço este lugar provavelmente estaria a fazer outra coisa em que pudesse ser de facto melhor do que a maioria. Acho que devemos exigir isso de nós enquanto seres humanos. Na realidade mudaria toda a minha vida se alguém realmente me dissesse que o meu trabalho é tão especial como acredito que pode ser. Amo o que faço e é a cantar e a compor que acredito poder fazer algo maior.

Mas antes disso, têm algum concerto marcado para breve onde vos possamos ver ao vivo?
Antes de rumar ao Canadá vamos actuar no Luxemburgo dia 10 de Março na célebre Kulturfabrik. Vai ser um mês muito positivo para nós e como tal prometemos fazer o melhor que sabemos e acima de tudo ter muito prazer com isso. Costumo citar muitas vezes uma cantora italiana que admiro bastante: “Music’s the reason why time still exists!”

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capa de Borderline Personality Disorder
Darko – “Borderline Personality Disorder” (iPlay, 2011)

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By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.