Cavalheiro tem novo disco. Chama-se “Mar Morto” (PAD, 2015) e vai ser apresentado ao vivo esta sexta-feira, no Maus Hábitos, no Porto (22h). Este é o faixa a faixo do disco, pelo próprio Cavalheiro:
Este dia
Foi a primeira canção a ficar pronta para este disco, e foi feita na sala de ensaio em meia hora. Acho que é a que melhor representa a toada do disco, e a letra foi feita a partir de um pequeno ou grande furto feito à “Beautiful Boy” do Jonh Lennon.
Mar Morto
Era uma canção em que andava a trabalhar na minha cabeça há algum tempo, e que precisava de uma letra mais longa e trabalhada. Quando andei a ler sobre o Mar Morto, o corpo de água entenda-se, fiquei fascinado com a ideia de que é quase impossível alguém afogar-se nele, mas ao mesmo tempo praticamente não há vida nas suas águas. Esta música é sobre essa metáfora.
Era uma casa
Esta canção foi totalmente feita na sala de ensaio, curiosamente a partir de uma linha de baixo do João Coutada, sem que este se tivesse apercebido do que estava a fazer. Acho que gostava que ela ficasse sobre o conceito de casa dentro de uma relação, do covil do amor onde só duas pessoas podem entrar sem serem estrangeiras.
Pára os relógios
Última canção a ser escrita para o disco, e foi feita numa noite em que cheguei a casa tarde e senti que tinha de substituir uma canção que até então estava no disco e que não me agradava. A letra é uma recriação do poema “Stop all the clocks” do W. H. Auden.
Porta encostada
É na verdade uma canção estranha, porque é composta por duas partes totalmente distintas, mas que creio fazerem sentido. Na verdade o que realmente mais gosto nela são os teclados que o meu irmão me emprestou para lhe darem uma aura mais densa.
Armadilha
É essencialmente canção sobre mulheres que, pressionadas por si mesmas ou por outrem, procuram amor de uma forma desesperada, onde quer que o possam encontrar. Mais uma vez, queria que a música tivesse momentos completamente diferentes, neste caso 3.
Calanque
Esta é a canção mais alinhada com o que costumo fazer nos meus discos. Estou plenamente convicto que não viveria sem o speed-picking do João Pedro Gonçalves.
OAZ
É a primeira vez que edito uma canção para a qual só escrevi a letra. Estava com algumas dificuldades em fechar o disco e o meu caro amigo Filipe Azevedo ofereceu-me esta pérola. OAZ é uma piada com as iniciais de Oliveira de Azemeis.