DW_capalow.jpg_copy

Há uma linha tímida que separa as acções do irreal. Isto é, aquilo que criamos no nosso interior é, em muitos casos, o oposto daquilo que os olhos vêem. A isto pode chamar-se arte ou alucinação — aquilo que a mente, no seu estado mais subconsciente, nos ajuda a expressar, lisérgica e calmamente.

Se aplicarmos esta matemática à música, o trabalho dos dreamweapon é uma travessia alucinante, paradoxal entre o físico, o étereo e o abstracto. As influências lisérgicas ajudam a essa jornada e tornam as seis faixas de dreamweaponnuma libertação corporal e mental, sem nos encurralar numa só sonoridade e que se eleva para lá das palavras.

dreamweapon, o disco, foi gravado no primeiro semestre de 2014 entre o Ampstudio e Hertzcontrol Studio, com a ajuda de Paulo Miranda e de Marco Lima, respectivamente. A mistura ficou a cargo de Pedro Pestana (que é, igualmente, um dos convidados especiais do disco, no tema ‘Stir’) e da própria banda. Já a masterização é assinada por Miguel Pinheiro Marques, no Bender Mastering Studio.

Este primeiro longa-duração do quarteto do Porto abraça o minimalismo e a exploração hipnótica. Exemplo disso mesmo é ‘The Heart Is Alive’, a primeira amostra e que conta com um clip a condizer. O vídeo foi realizado e editado por Manuel Pinto Barros e pode ser visto aqui: http://youtu.be/dfBqGfwlXn8.

dreamweapon é editado hoje, 13 de abril, via Lovers & Lollypops, nos formatos digital e em vinil (500 cópias, edição limitada). É possível ouvi-lo na íntegra, em streaming gratuito, aqui: https://soundcloud.com/lovers-lollypops/sets/dreamweapon-dreamweapon.

A apresentação do disco tem lugar já na próxima sexta-feira, dia 17, no Maus Hábitos do Porto. Os dreamweapon encontram-se disponíveis para entrevistas. Para mais informações, não hesite em contactar.

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.