O segundo disco dos Tape Junk é uma espécie de ‘statement’ sobre a banda. Disco homónimo, “Tape Junk” foi gravado e produzido por Luís Nunes (aka Walter Benjamin) no Alvito, Alentejo. Ao contrário do primeiro, este trabalho resulta da interacção directa entre todos os elementos do grupo. Durante três dias, os quatro músicos registaram juntos as nove músicas de “Tape Junk, em “live takes” para gravador 8 pistas.
Praticamente metade dos temas do disco (“Substance”, “Joyful Song”, “Six String and The Booze” e “Thumb Sucking Generation”) nunca tinham sido tocadas antes, nem ao vivo, nem em ensaios. Os restantes já faziam parte do repertório ao vivo e foram gravados como são tocados em concerto.
O facto do disco ter sido registado num espaço relativamente pequeno, sem qualquer isolamento dos instrumentos, e dos músicos apenas conhecerem metade das músicas que iam gravar quando chegaram à aldeia de Alvito foi algo que imprimiu uma particular energia e espontaneidade às gravações. O resultado é um álbum mais cru e mais imediato. Um salto enorme, fruto da partilha entre os vários elementos da banda, que aproxima “Tape Junk” daqueles Tape Junk que contagiam o público nas actuações ao vivo.