É o esperado disco de estreia de Gisela João. E valeu a espera. Junto segue grande parte da nota de imprensa:
“Há dois anos que Gisela João anda nas bocas do mundo, mas só agora a fadista quis lançar o seu disco de estreia. E, provavelmente por isso, as 14 músicas do álbum contam outras tantas histórias para chegar a um único denominador: a realidade, mesmo quando dói, tem de ser olhada de frente.
Apontada por Camané como a grande aposta musical para 2013, Gisela João tem pisado palcos em Lisboa, como o Centro Cultural de Belém, a discoteca Lux (primeiro como convidada de Nicolas Jaar e depois num concerto em nome próprio), o Teatro do Bairro, o clube Frágil, O Sr. Vinho, ou a tasca da Bela, em Alfama.
É, sem dúvida, um disco de fado. Mas Gisela desviou-se do óbvio: fez novos arranjos, derivou para canções populares, até atualizou a Casa da Mariquinhas com uma letra de Capicua, uma rapper do Porto. Nas histórias que Gisela canta, há amor e desilusão, mas também um olhar de rapina sobre a realidade social – não fosse o fado a narrativa musical dos tempos difíceis.
Neste disco, tudo o que pode parecer absolutamente novo é na verdade um retorno à génese do fado, à sua autenticidade maior. A forma como Gisela se entrega às palavras, como se deixa levar por elas. É um fado menos estilizado, onde a abordagem dos instrumentos foge da sonoridade barroca habitual, mas no entanto não deixa de ser um fado mais genuíno.
Para quem acredita que o fado é um exclusivo lisboeta, desengane-se: Amália foi criada no Fundão. Beatriz da Conceição, Maria da Fé, Tony de Matos e José Fontes Rocha, por exemplo, nasceram no Porto. Lucília do Carmo é de Portalegre. Gisela João é toda minhota. (…)” (nota de imprensa)
Foi editado hoje. Está dada a notícia e considerem-se avisados. {FADO | OUVIR}