O fascínio de naufragar, ou não…
Fascinante ou não, o naufrágio não é aqui uma possibilidade, muito menos uma realidade. A viagem é longa e se nem sempre parece marcada por uma coerência extrema, ganha pela consistência que o grupo de Filipa Jacinto (voz), Bruno Vicente (baixo) e Paulo Veríssimo (música, letras e voz), consegue manter ao longo das 14 faixas que compõem o disco. O que nem sempre é muito fácil. Fácil ou não, o álbum de estreia dos sintrenses Amor Noise vale em boa parte pela estruturação dos temas em volta da língua de Camões. Um esforço compensador, diga-se, mesmo que aqui e ali a solução electrónica encontrada não vingue pela sua especial singularidade. Por outro lado, vinga um certo e incontornável apelo à pista de dança, qual extenso manifesto de ambientes electrónicos, ora mais pop, ora mais alternativos, ora mais experimentais; ora mais directos, ora mais esquivos.
Pelo fascínio de naufragar, ou não. Não!
Amor Noise – “O Fascínio do Naufrágio” (Edição de Autor, 2011)
01 tanto me dá
02 insconstância
03 fôlego
04 fogo posto
05 oceano
06 ruído calado
07 meu suave e crónico dano
08 encosta aí à berma
09 arpão
10 estava capaz
11 desmesura
12 ruinoso contrato
13 deixem-me ir sem cautela
14 nunca quis ter tino
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