Com um novo disco editado, “Maldita(mente)” (Dicepeca Records, 2014), os Inkilina Sazabra estão hoje em destaque nas Curtas de 2014 d’a trompa.
Como nasceu o projecto Inkilina Sazabra?
Os Inkilina Sazabra começaram em 2010. Na altura à conversa com o Carlos Sobral, confidenciei que ia escrever novo livro e era engraçado musica-lo. Gostava muito de um projeto que ele tinha e tem a solo que de nome Inkilina Morte. Ao que ele me desafiou a fazer uma edição livro/cd em que eu assumia a voz, daí o nome da banda ser Inkilina Sazabra, foi uma junção de Inkilina Morte com Pedro Sazabra. Na altura não podíamos dizer que eramos uma banda, só que as criticas ao som começaram a ser positivas e decidimos levar o projeto para palco e foi aí que Paulo Dimal nas teclas e César Palma na guitarra se juntaram à banda.
O que move Inkilina Sazabra na música?
Os que nos move é fazer aquilo que gostamos na vida e a musica é uma dessas coisas. Gostamos de toda a envolvência que a musica proporciona, seja na criatividade, estúdio, lado social e pessoas brutais que temos conhecido pelo país. No fundo dar um sentido existencial genuíno às nossas vidas.
Um adjectivo que caracterize a música de Inkilina Sazabra?
Maldita!
Porquê o título de “Maldita(mente)”para o novo disco?
Esse nome surge porque começamos a tratar carinhosamente os apreciadores de Inkilina Sazabra por malditos. Por sua vez eles também começaram a tratar a banda por malditos. Então daí surgiu o nome Maldita(mente), uma espécie de homenagem a quem têm apoiado o nosso caminho. Este álbum tem um ADN muito forte do que a banda sente.
Numa frase apenas, como caracterizam o novo disco?
Frontal, sem complexos, em que o caminho e o que pensamos está assumido.
Se tivessem de escolher a faixa que melhor encarna o ‘espírito’ Inkilina Sazabra, qual escolheriam?
Precisamente o 1º tema do álbum, o Maldita(mente). É uma letra que oscila entre o que se quer viver e o medo que pode ser viver. Existe ali uma oscilação psicológica que os Inkilina Sazabra gostam de abordar, o medo, o prazer. Tanto se está no topo da alegria como depois se entra em profunda tristeza.
Apontem duas razões para ouvir – e mesmo comprar – o vosso novo disco?
A musica desperta sensações e ou se gosta ou não se gosta. A quem não conhece Inkilina Sazabra desafio a ouvir mas acima de tudo a apoiarem as bandas nacionais. É a estar presente e a vivenciar que se leva que contar desta vida.
O que podem esperar as pessoas que forem ver Inkilina Sazabra ao vivo?
Um ambiente festivo. Apesar de gostarmos de um certo negrume mental, a verdade é que os nossos concertos são bastante festivos, instala-se um ambiente positivo. Pelo menos é o feedback que nos dão na generalidade. Portanto podem esperar uma noite rock, festiva. Afinal rock é festa e nós somos uma banda rock.
Proponham um disco da música portuguesa que vos tenha agradado nos últimos tempos – o vosso não vale?
Um álbum que já ouvimos algumas vezes juntos é o Cabaret Portugal de La Chanson Noire.
Como vai ser o Verão de Inkilina Sazabra?
Iremos estar dia 5 de Julho no festival Viseu Rockfest e depois iremos deixar o álbum respirar um pouco. O álbum tem duas semanas e depois de uns concertos de apresentação vamos o deixar rolar e ser consumido, até porque na cena alternativa as coisas no mês de Agosto quase param porque o pessoal se dispersa por aí. [OUVIR]