farout

Com um disco novo nos escaparates, os Black Bombaim deixaram-nos algumas palavras sobre o novo “Far Out”:

“Far Out” é o titulo do vosso mais recente registo, um belo vinil com duas faixas apenas. Mas afinal, quem anda longe? A banda, o disco ou é outra coisa qualquer? Há um conceito por detrás de “Far Out”?
O conceito foi tentar fazer algo diferente, mas sempre Black Bombaim. O título do disco (e das músicas) só surgiu depois de gravarmos. Foi a sensação que tivemos ao ouvir os temas gravados, que nos transportavam, de forma inconsciente, para locais distantes.

Mais uma vez, e no anterior registo aconteceu com os La La La Ressonance, num split, a músico dos Black Bombaim parece ser o resultado do encontro e da partilha da diferença – neste com Rodrigo Amado e The Astroboy (aka Luis Fernandes)? É realmente assim? É esse o espírito que move hoje os Black Bombaim?
Parece ser… O facto é que temos imensas ideias para as músicas que temos e queremos fazer, e por sermos só três, por vezes estamos limitados ao que conseguimos fazer. Ao colaborar com diferentes músicos, abrimos os horizontes da nossa música, e também os nossos.

Acham que essa partilha influencia de facto aquilo que é o som dos Black Bombaim? Que diferenças encontram neste disco em relação aos vossos trabalhos anteriores?
Temos evoluído ao longo do tempo de várias formas. Como músicos, ouvintes de música e como pessoas. Essa partilha só é benéfica para nós, e acho que isso se nota na nossa discografia e na forma como abordamos a música.

BB por Joana Castelo1

De facto, o disco é polvilhado pelas participação centrais de Rodrigo Amado em “Africa II” e de The Astroboy em “Arabia”. Como correu o processo de registo destas participações? É tudo muito estruturado ou há muita improvisação à mistura?
Como fizemos no Titans, basicamente pedimos o input dos músicos para melhorar a música. Definimos as partes de cada tema que gostaríamos que eles tocassem, mas quisemos que eles tivessem total liberdade para criar e improvisar.

Esta é uma edição em vinil limitada a 1000 unidades; 500 em vermelho transparente e as outras 500 em azul transparente. Percebe-se que para vocês o vinil não morreu. Diriam mesmo que faz muito mais sentido ouvir os Black Bombaim em vinil? Porquê?
Para nós nunca morreu. Aliás, nós só compramos música em vinil. Não iria tão longe ao ponto de dizer que faz mais sentido ouvir BB em vinil, mas de certa forma, é melhor, pois não dá para passar a música à frente. A nossa música está sempre disponível em formato digital, mas quando queres apresentar um objecto aos fãs, o vinil é a melhor escolha, por tudo o que oferece e representa.

Passada a apresentação o disco, como vai ser o futuro dos Black Bombaim? Há novidades desvendáveis?
Uma tour europeia a começar no fim de Maio, e estamos sempre abertos a novas colaborações. [OUVIR]

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.