“O Passado Volta Sempre”; tal e qual ou mascarado pelo presente, o passado volta sempre. E o novo disco de Grutera é marcado pelo passado, pelo espaço onde foi gravado, o interior do Mosteiro de Santa Maria de Cós, em Alcobaça, um edifício datado do Séc. XVIII, revestido internamente a azulejo. Um passado tornado presente pela forma viva como chegou até aos dias de hoje. Porque chega quase sempre, de uma forma ou de outra. No caso de Grutera, chegou com uma luminosidade que cega, que sufoca pela energia que emana a cada segundo. São reflexos de uma luz estonteante, aqueles que explodem da guitarra de Guilherme Efe, o nazareno que um dia passou a responder apenas por Grutera. São reflexos de uma dinâmica acústica sentida, difícil de imaginar saída de uma guitarra apenas. O que “Palavras Gastas” (2013) deixava antever, “O Passado Volta Sempre” confirmou, que há toda uma poesia a respirar na música de Grutera; ansiosa; vibrante. Depois, chegamos à faixa 10, “2ª vista”, e percebemos que há em Grutera também um olhar frutuoso sobre o futuro, na forma como entrelaça o clássico da guitarra com uma modernidade mais eléctrica, cada um na sua hora. Brutal. O disco tem lançamento marcado para 15 de Abril. [OUVIR]
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