O Bons Sons nasceu em 2006 e daí para cá, foi ganhando uma papel cada vez mais importante na cena festivaleira lusa. Em termos mais gerais, que novidades se podem esperar para esta edição de 2014?
A Noite Prémios Megafone (14 Agosto), mais concertos (55 ao todo, o que significa mais 15 do que na edição anterior), mais actividades paralelas, a festa de recepção ao campista (13 Agosto), mais condições para o acolhimento dos visitantes. Um festival mais maduro que cresce sem perder a sua identidade.
A música portuguesa tem no Bons Sons um papel absolutamente central. Imagino que seja difícil mas que concertos gostarias de destacar no cartaz deste ano?
Sim, mais do que difícil é injusto. Contudo, esse trabalho tem que ser feito. Podemos destacar o concerto dos WE TRUST com a Banda Filarmónia Gualdim Pais (banda do concelho de Tomar). Destacamos pelo seu simbolismo mas também pela expectativa que todos colocamos neste momento. No palco Eira teremos vários projectos que retratam o que de melhor se está a fazer na urbanidade portuguesa. Capicua, Memória de Peixe, Osso Vaidoso são apenas alguns dos exemplos. No Giacometti teremos Norberto Lobo + João Lobo, JP Simões e Samuel Úria que são a charneira da excelência dos instrumentistas e cantautores portugueses. No fado as vozes graves de Gisela João e de Ricardo Ribeiro prometem estremecer as paredes da aldeia. Brass Wires Orchestra, Guta Naki e Sérgio Godinho mostram outras tantas dimensões da música portuguesa. Para os mais resistentes, as escolhas musicais nas mãos de Moullinex e DJ Marfox serão duas formas bem distintas de gastar as últimas energias da noite. Estes são apenas alguns destaques dos 55 concertos que vão povoar Cem Soldos.
Estão reservadas várias surpresas para os visitantes. Dentro e fora do palco. Mesmo para quem não conhece o festival estamos seguros de que vão gostar. Por muito que se explique, só quando se atravessam as fronteiras de Cem Soldos é que se entende realmente a nossa proposta. Os que já fazem parte da casa e nos acompanham há algumas edições irão ficar surpreendidos com a maturidade do festival e felizes por terem novamente optado por viver a aldeia. Esperamos casa cheia e esperamos contribuir para comunicar com um público que gosta de música, da descoberta e da partilha de bons momentos.
[SÍTIO]
Atenção às “vocês graves de Gisela João e de Ricardo Ribeiro” na resposta à 2ª pergunta! ;)