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O Pega Monstro que pega, ou não

Rui DinisRui Dinis

bola_factor_amarela_59As Pega Monstro são um caso estranho – pode ser impressão minha, coisas da idade, chegam a parecer ter vindo directamente doutro tempo qualquer; e debaixo do braço, trazem o seu homónimo álbum de estreia. E não que as soluções lo-fi estejam fora de moda, nada disso, a radicalidade desse lo-fi, talvez fruto de uma filosofia fortemente DYI, é que já não parece deste tempo. Até os lo-fi têm o seu requinte. As Pega Monstro não têm qualquer requinte; talvez algum de controlada malvadez. O resultado final acaba por ser contraditório, há quem espume pela boca de tanto prazer e há que as ignore liminarmente, talvez revirando o canto da boca num sorriso até um pouco irónico. O som das manas Maria e Júlia Reis é absolutamente minimal, absurdamente simples, absurdamente directo ao assunto. Por detrás daquela guitarra e daquela bateria, há uma lírica desconcertante e adolescente, feita para não dar dores de cabeça a ninguém. A voz é algo que propositadamente se esconde atrás daquela suja torrente sonora – mas menos suja em relação ao anterior registo. Eis as imagens de marca destas pegajosas Pega Monstro. Pegajosas ou não, as Pega Monstro estão aí para ficar. O disco foi produzido por B Fachada e editado pela Cafetra Records (2012). {ROCK | OUVIR}

[accordion title=”CLICA PARA VER FACTOR T DETALHADO” close=”1″]O que quer isto dizer?

07 Estética
05 Musicalidade
07 Lírica
05 Interpretação
06 Produção
06 Coerência
05 Originalidade
05 Relevância
06 Intemporalidade
07 Factor WOW

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pegamonstro

Rui Dinis
Author

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.