Fiquei feliz por tal ventura; por eles, por nós, enfim, pela música portuguesa – principalmente por esta. Ao terceiro álbum, os alentejanos Houdini Blues descobrem-se…desvendando-se em toda sua plenitude…
Depois de “True Life Is Elsewhere” de 2001 e “Extravaganza” de 2003 experimentarem diversas formas de expressão, a banda eborense arrisca e em definitivo descobre-se, deixando desvendar uma forma especial de comunicar, uma forma própria de fazer vingar a sua arte…agora, produto 100% nacional. É bom respirar tamanha falsidade.
Repetindo ideias e frases feitas, minhas, “F de Falso” delimita um espaço, carimba uma marca fazendo sobressair os Houdini Blues como um dos mais interessantes projectos da cena pop alternativa lusitana; o espaço Houdini…
Sem ilusões, o álbum começa em grande com a cativante “Bailare”, melhor canção do álbum mas também e talvez a menos característica; “Bailare” nasceu à medida de Adolfo Luxúria Canibal – aqui, também em castelhano; noutro sentido, a banda eborense transforma com algum brilho “Charles Manson” dos Mão Morta numa canção à la Houdini Blues…na segunda faixa, “Eurodiva”, respira-se já aquela feição sonora de Houdini Blues, bem sustentada pela voz deslizante de Hugo Frota – a mesma feição que ouviremos também em “Duas Balas”, só por exemplo; depois, e “Tudo” Mitó Mendes levou, lá atrás, noutro consistente arranjo, bem colorido a espaços pela voz d’A Naifa. “F de Falso” é uma experiência musical capaz de nos surpreender, a cada passo, sempre, a cada passo; o electrónico “Ícaro” que nos explique como se faz – “Putuária” e “Marguerie Duras” também podem dar uma ajuda. Do início ao fim, de registo em registo, de surpresa em surpresa…e o roqueiro refrão de “Deus (O Teu)”?
“F de Falso” é a imagem da maturidade dos 10 anos de carreira dos Houdini Blues; transposta para arranjos irrepreensíveis, para a voz carismática de Hugo Frota, para a poesia sempre pensada, para a forma como a paixão pelo rock se embrenha pela electrónica, cravando-se numa ideia distante mas presente de tradição. Uma ideia de como a pop pode ser fresca, moderna, original e…portuguesa.
Os Houdini Blues nasceram em 1996 e vivem da vontade de criar de Hugo Frota na voz, Gonçalo Frota na guitarra, João Cordeiro nas teclas, Ricardo Gonçalves no baixo e Ricardo Pereira na bateria. A produção dos disco pertenceu a Armando Teixeira, a edição é da Cobra Discos.
Depois de “True Life Is Elsewhere” de 2001 e “Extravaganza” de 2003 experimentarem diversas formas de expressão, a banda eborense arrisca e em definitivo descobre-se, deixando desvendar uma forma especial de comunicar, uma forma própria de fazer vingar a sua arte…agora, produto 100% nacional. É bom respirar tamanha falsidade.
Repetindo ideias e frases feitas, minhas, “F de Falso” delimita um espaço, carimba uma marca fazendo sobressair os Houdini Blues como um dos mais interessantes projectos da cena pop alternativa lusitana; o espaço Houdini…
Sem ilusões, o álbum começa em grande com a cativante “Bailare”, melhor canção do álbum mas também e talvez a menos característica; “Bailare” nasceu à medida de Adolfo Luxúria Canibal – aqui, também em castelhano; noutro sentido, a banda eborense transforma com algum brilho “Charles Manson” dos Mão Morta numa canção à la Houdini Blues…na segunda faixa, “Eurodiva”, respira-se já aquela feição sonora de Houdini Blues, bem sustentada pela voz deslizante de Hugo Frota – a mesma feição que ouviremos também em “Duas Balas”, só por exemplo; depois, e “Tudo” Mitó Mendes levou, lá atrás, noutro consistente arranjo, bem colorido a espaços pela voz d’A Naifa. “F de Falso” é uma experiência musical capaz de nos surpreender, a cada passo, sempre, a cada passo; o electrónico “Ícaro” que nos explique como se faz – “Putuária” e “Marguerie Duras” também podem dar uma ajuda. Do início ao fim, de registo em registo, de surpresa em surpresa…e o roqueiro refrão de “Deus (O Teu)”?
“F de Falso” é a imagem da maturidade dos 10 anos de carreira dos Houdini Blues; transposta para arranjos irrepreensíveis, para a voz carismática de Hugo Frota, para a poesia sempre pensada, para a forma como a paixão pelo rock se embrenha pela electrónica, cravando-se numa ideia distante mas presente de tradição. Uma ideia de como a pop pode ser fresca, moderna, original e…portuguesa.
Os Houdini Blues nasceram em 1996 e vivem da vontade de criar de Hugo Frota na voz, Gonçalo Frota na guitarra, João Cordeiro nas teclas, Ricardo Gonçalves no baixo e Ricardo Pereira na bateria. A produção dos disco pertenceu a Armando Teixeira, a edição é da Cobra Discos.
Ouvir alguns excertos de “F de Falso”.
“F de Falso” – Houdini Blues (2006/Cobra Discos)
01 Bailare
02 Eurodiva
03 Tudo
04 Ícaro
05 Charles Manson
06 Duas Balas
07 Putuária
08 Marguerite Duras
09 Deus (O Teu)
10 Galeria Dos Espelhos
Rock
www.houdiniblues.com
houdiniblues.blogspot.com
hb@houdiniblues.com
Loja Cobra: 9,5€
[…] Elsewhere” (Lux Records, 2001), “Extravaganza” (edição de autor, 2003) e “F de Falso” (Cobra Discos, 2006), parece que os eborenses Houdini Blues estão mesmo de volta aos […]