Hipnótico…vivo.
Ontem, hoje, o amanhã, todo o tempo do mundo – um qualquer – mora aqui, pressente-se na correnteza inquebrantável do som…”Rima” age sobre nós como um formigueiro inteiro – infinito – corpo acima. Arrepia. “Rima” é o novo álbum de Samuel Jerónimo e porque nunca se deixa um poema a meio, “Rima” deve ser ouvido, todo…boquiaberto, outra vez.
A filosofia da ruptura que se instala; o confronto passado/presente num resultado algo híbrido a que se convencionou chamar de futuro; o verso cruzado 1×3, 2×4 – a rima; a busca da síntese numa estética não-linear, na ilusão do flashback tão bem recriado pelos versos 2 e 4, fazem de “Rima” um dos discos mais vibrantes de 2006. Segundo registo da “Trilogia da Mudança”, iniciado em 2004 com o aclamado “Redra Ändra Endre De Fase”, “Rima” é um projecto ambicioso, um conceito focado num salto em frente, peito aberto, centrado na razão do confronto entre o clássico e o contemporâneo, entre a prova e a experiência – sempre a síntese; “Rima” é um objecto de rara e criativa beleza, materializado numa esbatida e recorrente delimitação entre o além e o aquém – um disco esteticamente desprendido. Já o sabíamos, agora temos a certeza, Samuel Jerónimo compõe para nos provocar, para nos por à prova…
Disposto em quatro faixas/versos, com os ímpares a serem marcados por uma imagem de modernidade – vanguardista, criada ao sabor de uma electrónica ambiental e minimal, algo negra e espacial – o alto pulsar do verso 3; os pares olham o passado de uma forma luminosa, num incessante e surpeendente – além de electrizante – movimento barroco, criado pela utilização sui generis do orgão – experimente-se o fulgor de sensações progressivas da faixa 4. Vive-se a ideia de um movimento de uniformidade circular, inter-temas, entre-temas…estranho.
O produto final é algo único, um disco magistral, original, uma peça de um fulgor imparável. São as novas experiências da música moderna portuguesa.
Bravo!
Ontem, hoje, o amanhã, todo o tempo do mundo – um qualquer – mora aqui, pressente-se na correnteza inquebrantável do som…”Rima” age sobre nós como um formigueiro inteiro – infinito – corpo acima. Arrepia. “Rima” é o novo álbum de Samuel Jerónimo e porque nunca se deixa um poema a meio, “Rima” deve ser ouvido, todo…boquiaberto, outra vez.
A filosofia da ruptura que se instala; o confronto passado/presente num resultado algo híbrido a que se convencionou chamar de futuro; o verso cruzado 1×3, 2×4 – a rima; a busca da síntese numa estética não-linear, na ilusão do flashback tão bem recriado pelos versos 2 e 4, fazem de “Rima” um dos discos mais vibrantes de 2006. Segundo registo da “Trilogia da Mudança”, iniciado em 2004 com o aclamado “Redra Ändra Endre De Fase”, “Rima” é um projecto ambicioso, um conceito focado num salto em frente, peito aberto, centrado na razão do confronto entre o clássico e o contemporâneo, entre a prova e a experiência – sempre a síntese; “Rima” é um objecto de rara e criativa beleza, materializado numa esbatida e recorrente delimitação entre o além e o aquém – um disco esteticamente desprendido. Já o sabíamos, agora temos a certeza, Samuel Jerónimo compõe para nos provocar, para nos por à prova…
Disposto em quatro faixas/versos, com os ímpares a serem marcados por uma imagem de modernidade – vanguardista, criada ao sabor de uma electrónica ambiental e minimal, algo negra e espacial – o alto pulsar do verso 3; os pares olham o passado de uma forma luminosa, num incessante e surpeendente – além de electrizante – movimento barroco, criado pela utilização sui generis do orgão – experimente-se o fulgor de sensações progressivas da faixa 4. Vive-se a ideia de um movimento de uniformidade circular, inter-temas, entre-temas…estranho.
O produto final é algo único, um disco magistral, original, uma peça de um fulgor imparável. São as novas experiências da música moderna portuguesa.
Bravo!
Ouvir o segundo som de “Rima”; ouvir outros sons de Samuel Jerónimo: | 1 || 2 |.
“Rima” – Samuel Jerónimo (Samuel Jerónimo, Thisco, 2006)
01 Verso 1
02 Verso 2
03 Verso 3
04 Verso 4
Experimental
www.jeronimosamuel.no.sapo.pt
samueljeronimo@gmail.com
ACTUALIZADO
[…] sobre “Redra Ändra Endre De Fase” (Thisco); em 2006 deitava um olhar sobre “Rima” (Samuel Jerónimo, Thisco, 2006); e em 2010, com alguns olhares de soslaio pelo meio, chegamos a […]