Cacos…há muito que não utilizava esta palavra…cacos e outras coisas. Não só no sentido de pedaços, estilhaços ou velharias, mas também num sentido geral das partes que na sua essência nada parecem ter de complementares mas que na realidade, quando confrontadas com ela, também têm, e muito. Confusos? A ideia de que tudo serve para fazer música – tudo – é levada em “Mobília” ao extremo – mesmo. De caco a cacofónico, qual ferro-velho vivente, tudo redunda segundos depois numa agradável surpresa – tudo resiste em “Mobília”. Porque depois e muito de vez em quando, também se ouvem palavras, articuladas, frases…tudo junto numa prato decorado com todo o bom gosto.
“Mobília” é o disco de estreia de Mola Dudle, na altura, um duo composto por Miguel Cabral (vozes, órgão de brinquedo, percussão, bateria, guitarras, bandolim, banjo, flauta, programações, objectos, captação de ambientes) e Nanu (vozes, teclados, guitarras, programações, samplers, objectos, captação de ambientes), que separados por três centenas de quilómetros (entre Sintra e o Algarve) não se coibiram de parir um disco fundamental para a história da nova música portuguesa; experimental, sempre experimental…às vezes até estranhamente pop, imagine-se. Na ida e volta do correio e cada um trabalhando no seu estúdio, haveria de nascer em 2001 fruto da distância esta “Mobília”.
Mas mais…colagens, electrónicas variadas, o som de objectos e mais objectos, básicos, normais e as coisas do dia-a-dia construiram as 25 faixas do disco…sim, 25. Aqui tudo parece original; o método, a construção, a forma, o resultado, aqui tudo se vive baseado no prazer da descoberta e da diferença. Pelo prazer do desconhecido, pelo que há-de vir, pelo que há-de ser, se assim for. “Mobília” não é um disco normal nem tão pouco consensual, é sim e desde logo, uma das experiências mais estranhas e bem sucedidas desta nova música que por aqui e por ali vai brotando. Miguel Pereira (contrabaixo), Cristina Parreira, Fernanda Rodrigues, Filipa Sousa e Patrícia Tello (vozes), são convidados nesta louca aventura…mais cacos.
Música livre para espíritos livres…uma experiência altamente aconselhável…mas uma experiência.
“Mobília” é o disco de estreia de Mola Dudle, na altura, um duo composto por Miguel Cabral (vozes, órgão de brinquedo, percussão, bateria, guitarras, bandolim, banjo, flauta, programações, objectos, captação de ambientes) e Nanu (vozes, teclados, guitarras, programações, samplers, objectos, captação de ambientes), que separados por três centenas de quilómetros (entre Sintra e o Algarve) não se coibiram de parir um disco fundamental para a história da nova música portuguesa; experimental, sempre experimental…às vezes até estranhamente pop, imagine-se. Na ida e volta do correio e cada um trabalhando no seu estúdio, haveria de nascer em 2001 fruto da distância esta “Mobília”.
Mas mais…colagens, electrónicas variadas, o som de objectos e mais objectos, básicos, normais e as coisas do dia-a-dia construiram as 25 faixas do disco…sim, 25. Aqui tudo parece original; o método, a construção, a forma, o resultado, aqui tudo se vive baseado no prazer da descoberta e da diferença. Pelo prazer do desconhecido, pelo que há-de vir, pelo que há-de ser, se assim for. “Mobília” não é um disco normal nem tão pouco consensual, é sim e desde logo, uma das experiências mais estranhas e bem sucedidas desta nova música que por aqui e por ali vai brotando. Miguel Pereira (contrabaixo), Cristina Parreira, Fernanda Rodrigues, Filipa Sousa e Patrícia Tello (vozes), são convidados nesta louca aventura…mais cacos.
Música livre para espíritos livres…uma experiência altamente aconselhável…mas uma experiência.
Ouvir alguns sons de Mola Dudle no MySpace.
“Mobília” – Mola Dudle (AnAnAnA, 2000)
Experimental
www.moladudle.cjb.net
www.ananana.pt