“A cintura fina e desenhada,tom escarlate de veludo. As canções que ao piano de sons se cantam em português, ouvem-se em velhos cadeirões de pele. Cabaret, pop, voz, piano, baixo e bateria, chegam para contar as histórias deste imaginário.” (nota de imprensa)
Sem jogos de cintura. Não são necessários, aqui. O disco homónimo que os Cintura editaram no ano passado, não nos deixa margem para qualquer dúvida. Primeiro, sobre a estética defendida pelo trio nortenho; depois, por toda a intrínseca qualidade que se ouve em “Cintura”; de uma ponta à outra.
Aveludado pop, aquele que nos é oferecido por Hélder Carvalho (piano, voz e programações), Eduardo Peixoto (baixo e contrabaixo) e Bruno Tavares (bateria e programações). São palavras em português a movimentarem-se com suavidade por entre arranjos cuidados e de um enorme bom gosto. Sobre a textura natural de uma sonoridade pop-rock, o trio soube deliciar-nos, a espaços, com um piano certeiro; com um conjunto de equilibradas e ambientais programações. Sem ser particularmente singular, é particularmente bem feito. Um prazer harmónico.
Com isto, a pop-rock nacional ganhou um novo nome a ter em conta. E se ainda não sabe, é bom que acorde.
“Cintura” – Cintura (Edição de Autor, 2010)
01 Vontade
02 Um Café Só
03 Nó da Gravata
04 Desculpem Lá
05 Zero Sete
06 …
| POP-ROCK |
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