01 Adriano Correia de Oliveira – Canção tão Simples, “Quem poderá proibir estas letras de chuva; que gota a gota escrevem nas vidraças; pátria viúva; a dor que passa?”
02 Mário Viegas – Primeira e Segunda Canção com Lágrimas, “Meu amigo dizia (estou a ouvi-lo);vou procurar a minha estrela. Foi; e não voltou. Meu amigo (dizem); tem agora o tamajnho de uma estrela”.
03 Paulo de Carvalho – Nambuangongo, Meu Amor, “Em Nambuangongo tu não viste nada; não viste nada nesse dia longo longo; a cabeça cortada; e a flor bombardeada; não tu não viste nada em Nambuangongo”
04 Mário Viegas – Fernando Assis Pacheco na Praça da Canção, “Um poeta vestiu-se de versos e ficou nu dentro dos versos. Eis o poeta meu amigo. Um poeta cantou. Estava triste e cantou. E então de súbito saiu do livro e abriu fraterno a porta azul do coração”.
05 Carlos Mendes – Segunda Canção com Lágrimas, “Meu amigo cantava. Dizem que cantava. E de repente. E de repente; quebraram-se nas veias os relógios onde; os ponteiros marcavam vinte e cinco anos.”
06 Carlos Mendes – A Alegre se fez Triste, “Aquela clara madrugada que; Viu lágrimas correrem no teu rosto; E alegre se fez triste como se; chovesse de repente em pleno Agosto”
07 Adriano Correia de Oliveira – Canção com Lágrimas, “Eu; canto para ti um mês onde começa a mágoa; E um coração; poisado sobre a tua ausência; Eu canto um mês com lágrimas; e sol o grave mês; Em que os mortos amados batem à porta do; poema”
08 António Bernardino – Canto da Nossa Tristeza, “Tristeza por que és tão triste; tão doente nestas ruas; tão doente nestas ruas; nas palavras neste rosto; por que és tão triste tristeza? nas palavras neste rosto; por que és tão triste tristeza?”
09 Mário Viegas – Paris não Rima com o Meu País, “Uma fronteira é um rio entre um país e o longe; eu já passei fronteiras que ficavam entre guitarra e noite, entre ternura e mágoa; o meu país é uma fronteira violado entre um pinheiro e a lua, entre silêncio e pedras”.
“Manuel Alegre – Na Praça da Canção” – Vários Artistas (Reed., Movieplay, 2003; LP, Orfeu, 1975)
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