Com um EP já editado, “Hiker” (Edição de Autor, 2011) de seu título, os Lost Michi de Natália Rodrigues e Eddie Stacchini estão hoje em destaque na rubrica “No Verão com…”.
Porquê e como nasceu o nome da banda?
Essa é uma longa história que envolve caminhos e gatos, mas resumidamente “michi” significa “caminho” (path / way) em japonês, o caminho perdido…. um caminho perdido, uma viagem pelo desconhecido, descobrir-se na viagem enquanto se descobre o mundo.
O que move os Lost Michi?
A vontade de se exprimir, olhar o mundo e o que encontramos nas profundezas de nós mesmos; a viagem; o facto de não podermos existir sem a música, sem projectar a nossa própria voz.
Um adjectivo que vos caracterize como banda?
Íntimo.
Numa frase apenas, como caracterizam o vosso novo EP?
Um pequeno e primeiro olhar sobre nosso universo.
Se tivessem de escolher a faixa que melhor encarna o ‘espírito’ dos Lost Michi, qual escolheriam? E porquê?
Talvez seja, no caso do EP, a faixa que dá o nome ao mesmo, “Hiker” porque reflecte um pouco do que temos vindo a desenvolver, e que se potenciou nos últimos tempos, a utilização de camadas (em particular camadas de voz) na nossa música… se bem que as outras têm mais preocupações de melodia…
Apontem duas razões para ouvir – quiçá comprar – o vosso novo EP?
É sempre interessante descobrir novos projectos, o que é uma razão para ouvir o nosso EP (e de outras bandas desconhecidas como nós). Quanto ao nosso EP especificamente, é como abrir uma pequena janela e espreitar dentro da casa de alguém, descobrir um canto do que se verá quando a porta se abrir (o álbum sair) e poder dizer “Fui eu que descobri primeiro!”
Querem propor um disco da música portuguesa que vos tenha agradado nos últimos tempos? – o vosso não vale!
Gostamos muito do álbum do Filho da Mãe “Palácio”. A ouvir, de olhos fechados e sonhar…
Para os Lost Michi a Internet é…
Uma forma de nos mantermos em contacto com o mundo, ao mesmo tempo que uma forma de divulgar o nosso trabalho. Temos tendência a afastarmo-nos (ou mesmo escondermo-nos) de forma a termos mais espaço e tempo para criar. Durante esse tempo a internet torna-se primordial para nos mantermos em contacto com o mundo e mostrarmos o que andamos a fazer… e depois lá vamos em viagem!
Há quem insista que o rock morreu. Morreu ou não?
Não morreu mas sofreu uma mestiçagem. Hoje em dia é cada vez mais difícil classificar o que se ouve graças aos cruzamentos de diversas influências. Quanto a nós gostamos da multidisciplinaridade e do ‘in between”.
Como vai ser o resto do Verão para os Lost Michi?
Muito ocupado com as gravações do álbum que sairá no inicio do próximo ano!
| ALTERNATIVA |
www.lostmichi.com