A trompa vai mudar. Ou melhor, vai continuar a mudar. É uma mudança que se vem sentindo há já algum tempo e que agora se vai acentuar.

De Janeiro de 2004 até hoje, muita coisa mudou no reino deste maestro, especialmente ao nível pessoal, diminuindo a disponibilidade em termos de tempo – às vezes também mental – para levar este blog avante. A música continua a ser muita, é verdade,  mas o tempo para a reflectir em palavras diminuiu drasticamente. Muito, mesmo. Não é de agora, é verdade, mas é chegado o momento de o assumir claramente. Sendo o único editor desde espaço, desde sempre, e assim continuará, é hora de dar um novo rumo à trompa. Um rumo igualmente informativo mas muito menos reflexivo, infelizmente. Continuaremos com as novidades, os eventos e as breves, ainda que mais dependentes das respectivas notas de imprensa. Continuaremos com a divulgação de alguns concertos e sempre que possível – e houver disponibilidade para pensar em guiões, a dar a palavra aos artistas. Continuaremos a apostar nos passatempos. Os vídeos e a música de distribuição gratuita, continuarão a ter uma posição de charneira neste blogue. Continuará tudo igual, mas eventualmente com menor actualização. Aliás, os mais atentos já terão percebido que são mais do que muitas as páginas desactualizadas.

Assim, onde a trompa se assumirá  como diferente é nas rubricas de reflexão, review ou crítica, como se lhe quiser chamar. É tanta a música em espera, que foi necessário mudar. Tem tudo a ver com um compromisso que assumi de início para comigo mesmo: tudo o que chega ao apartado d’a trompa, por esta será revisto, demore o tempo que demorar. Isto para dizer que daqui em diante, os textos de revisão serão mais curtos, sendo acompanhados por uma espécie de nota, o Factor T, uma avaliação baseado num conjunto de 10 indicadores. Como imaginarão, esta bateria não tem qualquer característica científica, ela é apenas o resultado de alguma investigação, sendo aquela que o autor desde blog julga melhor se adaptar à sua forma de ouvir música. Haverá outras soluções, claro que sim, mas esta é a da trompa. A conclusão final continua a ser a mesma de outras ocasiões. Não sei se a música é boa ou má, sei apenas que gosto; ou não. Sendo menor a retórica, os indicadores servirão para completar a avaliação. Ora aqui está o exemplo dos Balla.

A pergunta era simples: acabo com isto já ou continuo com a disponibilidade existente? A resposta foi clara, é para continuar. Custaria muito mais deixar morrer este projecto sem lhe dar qualquer luta. Bem, em boa verdade já andamos nesta luta há muito tempo. Estamos a falar de um espaço que caminha para 10 anos, com quase 15.000 artigos.Portanto, vou continuar por aqui, de uma forma ou de outra. Aguardem por mais novidades.

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By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.

3 thoughts on “A Trompa, que rumo?”
  1. Força! Só de pensar que o blog poderia acabar senti um friozinho na barriga… Como se costuma dizer, às vezes é preciso dar um passo atrás para dar dois à frente, ao longo de todo este tempo (15.000 artigos!!!) as alterações foram sempre para melhor, acredito que não será agora que vai ser diferente. Muito obrigado por todos estes anos, que venham muitos mais!

  2. Força Rui! A Trompa é um espaço único e imprescindível na informação musical portuguesa — e estas três palavras (informação musical portuguesa) dizem tudo! Muito obrigado pelo que tens feito até aqui e pelo que vieres a fazer de futuro, que — tenho a certeza — não terá menos valor. Um grande abraço!

  3. Fico muito contente pela escolha na continuidade. Sou leitor assíduo do blog e acho que o mesmo possui uma importância significativa na blogosfera no que à divulgação da música portuguesa diz respeito. Continuação de um excelente trabalho. Abraço

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