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Chapa 7 com Os Velhos

Rui DinisRui Dinis

Com o álbum de estreia na rua, a trompa aplicou a chapa 7 a’Os Velhos.

1. O que move Os Velhos?
Acreditamos que as canções são uma maneira potente de dizer coisas. Acreditamos que as canções nos ajudam a expressar aquilo que é mais importante para nós, e que nos podem a ajudar a aproximar de outras pessoas e do que nos liga. Estas são as razões pelas quais fazemos canções, que se traduzem numa vontade própria e exigência muito grandes para procurar a medida certa em que queremos fazer as coisas, mesmo que o modo de as fazer não seja o mais corrente. Acaba por ser a nossa consciência que nos move, e é a ela que somos fiéis.

2. O vosso primeiro EP foi distribuído gratuitamente pela Intenet. Como olham para as novas tecnologias/Internet e para o seu papel na divulgação/comercialização da música?
É verdade. Achamos muito bom que se possa passar música facilmente através da internet. No mínimo, é uma ajuda grande para bandas que estão a começar. Não temos grandes opiniões sobre o efeito na indústria, porque não a conhecemos bem. Para este disco, tivemos o apoio não só da Amor Fúria como da Valentim de Carvalho, que foi bastante importante para garantir as condições de gravação que queríamos e para fazer chegar a notícia do lançamento do disco a mais gente.

3. Há quem insista que o rock morreu. Acham que o vosso disco pode ajudar a desmentir esta afirmação. Como?
Interessam-nos pouco esses chavões. Interessam-nos as canções, os discos e as bandas. Olhamos para o rock como um universo expressivo, que nos ajuda a dizer aquilo que tentamos dizer. A linguagem que aprendemos com as bandas e músicos que fizeram canções importantes para nós passa por outras coisas, mas passa muito pelo rock. É por isso que este disco é um disco rock. Não sabemos se no futuro não faremos coisas diferentes.

4. As vossas canções falam de memórias, de histórias do dia-a-dia, etc. O que esperam que as pessoas absorvam da sua audição?
O que esperamos que as pessoas ouçam são quatro pessoas com instrumentos, a tocar e cantar canções com melodias e palavras escolhidas. Não queremos pôr-nos à frente das canções e tentar explicá-las. Se achássemos que podíamos dizer alguma coisa que substituisse as canções, dizíamos isso em vez de fazer canções.

5. Os Velhos vão actuar no próximo Optimus Alive Festival. O que pode esperar o pessoal que vos for ver ao vivo?
Pode esperar um concerto em que nós tocamos as nossas canções com a força que a nossa condição nos permite, como nos outros concertos. Pensamos que isso é o mais importante.

6. Apontem duas razões para ouvir – quiçá comprar – o novo álbum d’Os Velhos?
Foi feito com sinceridade e tem canções que nós acreditamos que são boas.

7. Como vai ser o futuro próximo d’Os Velhos?
Para já, esperamos andar por aí a tocar as canções do disco para quem as queira ouvir, mas temos vontade de continuar a fazer canções.

Os Velhos

capa de velhos
Os Velhos – “Velhos” (Amor Fúria, 2011)

| ROCK |
www.amorfuria.pt
www.facebook.com/pages/Os-Velhos

Rui Dinis
Author

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.